SOJA – A semana começa em baixa nos futuros de Chicago. A posição março opera com queda de 6 cents, a U$ 10,36 neste momento, manhã de segunda-feira. A semana passada terminou com retração de 1,5%; desde o início do ano, no entanto, os ganhos chegam a 5%.
– O mercado reage negativamente à imposição dos EUA de tarifas sobre as importações do México, Canadá e China. O temor é, sobretudo, com a possibilidade de retaliações por parte da China, maior importador mundial de soja. O Dólar Index sobe mais de 1% nesta manhã e também indica aumento dos custos para importadores.
– Por outro lado, o fator preponderante que ajuda a limitar as perdas são as irregularidades climáticas em extensas áreas da Argentina. Embora algumas regiões tenham recebidos chuvas, muitas outras áreas ainda padecem com a falta de umidade, exatamente no período crítico de evolução das lavouras. As consultorias, ainda que de forma tímida, começam a reavaliar as projeções de colheita. A Bolsa de Buenos Aires cortou 1,0MT, para 49,6MT a safra do país.
– A colheita da safra brasileira de soja chega a 7,6%, contra 15,7% do mesmo ponto do ano passado e 11,8% de média histórica. O levantamento é da consultoria Safras & Mercado. No MT, segundo o IMEA, os trabalhos estão finalizados em 12,2%, ante 39,4% da mesma data de 2024.
– O line-up de navios indica que as exportações brasileiras começam a ganhar ritmo e devem ultrapassar a marca de 10,0MT em fevereiro. Em fevereiro do ano passado foram despachadas 9,5MT. Janeiro deve fechar com pouco mais de 1,0MT.
– O mercado interno se mantém travado, com reduzido volume de negócios. Embora os preços em Chicago tenham melhorado neste início de ano, a expectativa de alta foi contrariada pela acentuada queda dos prêmios, alta dos fretes e aumento da disponibilidade.
– No spot, prêmios são apontados entre –10/+5. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 122,00/123,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 132,00/134,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Na CBOT, os preços do milho operam em forte queda (6 cents), a U$4,75/março. Na semana houve queda de 1%; desde o início do ano, porém, houve ganhos da ordem de 7%.
– O mercado reage negativamente à imposição de tarifas por parte dos EUA para México, Canadá e China. No caso do milho, as atenções estão voltadas para possíveis retaliações por parte do México, que é o maior importador de milho dos EUA. O mercado também sente a alta do dólar e segue monitorando a escassez de chuvas na Argentina.
– Na BMF, a posição março trabalha em R$ 75,30 (fechamento anterior R$ 75,50) e maio em R$ 75,10 (anterior, R$ 75,22).
– Levantamento da consultoria Safras & Mercado indica que a colheita de milho verão chega a 16,1%, ante 19,8% do mesmo ponto do ano passado e 14,6% de média histórica. Os trabalhos estão finalizados em 39,8% no RS; 26,7% em SC; 7,3% no PR e 0,4% em MG.
– Plantio da safrinha, segundo o IMEA, segue lento no MT e chega a 6,3%, ante 28,7% do mesmo ponto do ano passado.
– Mesmo com uma produção cada vez menor, a safra de verão, avaliada nesta safra em cerca de 21,0MT, acaba aumentando a disponibilidade interna e segurando os preços.
– No oeste do Paraná, indicações de compra na faixa de R$ 70,00/72,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento opera em alta, a R$ 5,87. Na sexta-feira, fechou em R$ 5,835.
(Granoeste Corretora – Camilo/Stephan – Relatório publicado às 9:20).