SOJA – Os preços da soja operam com leves perdas nos futuros de Chicago neste momento, manhã de terça-feira – a U$ 10,57/março. Ontem, depois de operar em queda, o mercado reagiu à mudança do governo norte-americano sobre taxação de produtos importados do México e Canadá e fechou com alta expressiva entre 14 e 16 cents nos principais vencimentos.
– Os governos do México e Canadá chegaram a um acordo com o governo Trump sobre a concessão de um prazo de 30 dias para negociar maior controle de fronteiras no que tange à entrada de pessoas, armas e drogas para os EUA. O objetivo é evitar que seus produtos sejam tarifados em 25% na entrada para o mercado norte-americano.
– Em relação à China a situação permanece tensa. Os EUA impuseram um aumento de tarifas da ordem de 10% para produtos chineses. A China prometeu levar o tema para a OMC; ao mesmo tempo, elevou a tarifa para o ingresso de produtos norte-americanos em até 15%. Não está claro se a soja está neste pacote. A China vive o feriado prolongado de Ano Novo Lunar.
– Levantamento da Conab indica que a colheita da safra brasileira de soja chega a 8%, ante 14% do mesmo ponto do ano passado.
– O mercado interno se mantém travado, com reduzido volume de negócios. Embora os preços em Chicago tenham melhorado neste início de ano, a expectativa de alta foi contrariada pela acentuada queda dos prêmios, alta dos fretes e aumento da disponibilidade.
– No spot, prêmios são apontados entre –20/+5. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 123,00/124,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 133,00/135,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Na CBOT, os preços do milho operam praticamente zerados, a U$4,89/março. Ontem, a bolsa encerrou com 6 pontos de alta.
– Na BMF, a posição março trabalha em R$ 76,10 (fechamento anterior R$ 75,64) e maio em R$ 75,85 (anterior, R$ 75,30).
-Ontem, devido ao recuo da imposição de tarifas dos EUA para produtos mexicanos por um período de 30 dias, o mercado de milho reagiu positivamente, depois de operar com mais de 1% no campo negativo, e o dólar se desvalorizou frente ao real. Este período de um mês será de intensas negociações entre os dois países para adotar medidas de maior controle sobre o ingresso de pessoas, armas e drogas pela chamada “fronteira sul” e evitar o tarifaço. O México é o maior importador de milho dos EUA.
– O clima na América do Sul segue no radar, com previsão de tempo quente e seco na Argentina para os próximos dias e excesso de chuvas em extensas áreas de cultivo no Brasil onde a colheita está em andamento.
– Segundo a Conab, a colheita de milho verão em território nacional atinge 10,5%, contra 6,3% da semana anterior e 13,8% do ano passado.
– Em relação à safrinha, o plantio chega a 5,3%, ante 1,4% da semana anterior e 19,8% de mesmo período no ano passado.
– No oeste do Paraná, indicações de compra na faixa de R$ 70,00/72,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento opera estável, a R$ 5,81. Ontem, fechou em R$ 5,815.
(Granoeste Corretora – Camilo/Stephan – Relatório publicado às 9:35).