SOJA – Soja opera em alta de 5 cents nos futuros de Chicago nesta manhã de terça-feira, a U$ 10,19/maio. Ontem houve perdas entre 10 e 11 pontos nos primeiros vencimentos.
– O mercado segue preocupado com as medidas adotadas pelo governo Trump e, sobretudo, com as retaliações de alguns países, especialmente da China. Ontem entrou em vigor a tributação chinesa de 10% sobre diversos produtos importados dos EUA, com preocupação central na soja.
– Os investidores também buscam ajustar suas carteiras para o relatório de oferta e demanda de março, que será apresentado pelo USDA logo mais à tarde.
– Este relatório não deve trazer maiores alterações no quadro norte-americano e global. A produção dos EUA deve ficar nos 118,8MT. Os estoques finais estão previstos em ligeira alta, para 10,4MT. Os estoques finais mundiais são esperados em linha com fevereiro, em algo como 169,3MT.
– Para Brasil e Argentina, as estimativas de colheita são esperadas em 169,3MT e em 48,6MT, respectivamente – números próximos daqueles observados no mês passado.
– Levantamento da Conab indica que a colheita da safra brasileira de soja alcança 60,9%, ante 55,5% do mesmo ponto do ano passado e média histórica de 56,3%.
– Prêmios são indicados no mercado spot na faixa entre 50/65 cents e seguem firmes com base nas retaliações da China ao produto dos EUA. No mercado doméstico, no entanto, a acomodação do câmbio e dos preços na CBOT, bem como a alta dos fretes limitam uma melhor evolução dos preços.
– Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 126,00/128,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 136,00/138,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os preços do milho na CBOT operam com alta de 2 cents neste momento, manhã de terça-feira, a U$ 4,74/maio. Ontem, mercado fechou com 2 pontos positivos.
– Na BMF, a posição março trabalha em R$ 87,85 (fechamento anterior R$ 87,90) e maio em R$ 81,80 (anterior, R$ 82,00).
– Apesar das medidas do governo Trump, que normalmente acabam sofrendo retaliações, o mercado internacional se mantém firme. A percepção é de que os estoques norte-americanos e globais estão abaixo dos níveis considerados confortáveis.
– Internamente, as poucas ofertas disponíveis e as incertezas climáticas que deverão ser enfrentadas pela safrinha atuam como fatores de sustentação de preços.
– No relatório de oferta e demanda de março, que será apresentado logo mais à tarde, o USDA deverá manter a produção de milho dos EUA nos 377,6MT, com estoques finais são percebidos em leve queda, em algo como 38,7MT. Já, os estoques finais do mundo devem se situar nos mesmos níveis de fevereiro, na faixa de 290,0MT.
– Para Brasil e Argentina são esperadas, respectivamente, colheitas de 126,2MT (em linha com fevereiro) e 49,0MT (corte de 1,0MT). Na Argentina, a colheita do milho se aproxima de 10%; algumas regiões mais a leste foram castigadas por fortes chuvas nos últimos dias, depois de um longo período de estiagem.
– Segundo a Conab, a colheita de milho verão em território nacional está em 34,5%, contra 25,3% da semana anterior e 32,9% de mesmo período no ano passado.
– Em relação à safrinha, a Conab indica o plantio em 82,3%, contra 69,6% da semana passada e 86,2% do ano anterior.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa de R$ 77,00/78,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento opera em leve queda, a R$ 5,83. Fechamento anterior ficou em R$ 5,854.
(Granoeste Corretora – Camilo/Stephan – Relatório publicado às 9:15).