SOJA – Depois de quatro sessões em queda e perdas de quase 3%, os preços da soja buscam certa reação nos futuros de Chicago. Neste momento, manhã de quinta-feira, os preços registram alta de11 pontos, a U$ 10,12/maio.
– A guerra comercial promovida pelo governo Trump, bem como as reações dos países afetados, acabam criando um cenário de incertezas e redução no ritmo de negócios. Inclusive, a Europa entrou nesta briga e promete retaliar os EUA, incluindo produtos agropecuários. Também, houve certa frustração das expectativas sobre o relatório de oferta e demanda, que foi apresentado pelo USDA nesta terça-feira.
– Porém, A safra sul-americana está dando sinais de que terá cortes. A Bolsa de Rosário reduziu em mais 1,0MT, para 46,5MT a produção da Argentina – a expectativa inicial era de 50,0MT; o USDA ainda fala de 49,0MT. No Rio Grande do Sul há relatos de perdas acentuadas em muitas regiões. Na medida em que a colheita for avançando devem vir à tona avaliações mais concretas.
– Ainda na Argentina, os trabalhadores dos principais portos entraram em greve. Isto trava o ritmo de embarques e limita a disponibilidade internacional.
– A Conab acaba de divulgar o 6º levantamento de safra desta temporada, estimando a produção de soja em 167,4MT, ante 166,0 do mês passado. As exportações estão avaliadas em 105,7MT, ante 98,8MT do ciclo anterior. O consumo interno deve alcançar 60,7MT (contra 56,1MT da última estação), com produção de 43,8MT de farelo e 11,4MT de óleo. As exportações de farelo devem somar 23,6MT e as de óleo, 1,4MT.
– Prêmios são indicados no mercado spot na faixa entre 45/65 cents. No mercado doméstico, no entanto, a acomodação do câmbio e dos preços na CBOT, bem como a alta dos fretes limitam uma melhor evolução dos preços.
– Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/127,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 134,00/136,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os preços do milho operam em alta de 4 pontos na CBOT, neste momento, manhã de quinta-feira, a U$ 4,65/maio. Ontem, fechou com perdas de 9 cents, queda de cerca de 2%.
– O mercado segue sob o impacto das medidas tributárias do governo Trump e das reações dos países atingidos. O relatório de oferta e demanda de março falhou em trazer notícias positivas. Houve apenas um pequeno corte nos estoques globais.
– Na BMF, a posição março trabalha em R$ 89,05 (fechamento anterior R$ 88,79) e maio em R$ 79,15 (anterior, R$ 79,50).
– Na Argentina, a Bolsa de Rosário prevê a colheita de milho em 44,5MT, corte de 1,5MT sobre a estimativa anterior. A previsão inicial era ao redor de 50,0MT. O USDA segue apostando numa produção de 50,0MT.
– A Conab estima a produção brasileira em 122,8MT, ante 122,0MT de fevereiro. No ano passado foram 115,7MT. As exportações estão avaliadas em 34,0MT (38,5MT do ano anterior) e o consumo interno em 87,0MT, ante 84,0MT do ciclo passado. Os dados fazem parte do 6º levantamento da Conab.
– Internamente, apesar do avanço da colheita de verão, as ofertas disponíveis são restritas; soma-se a isto as incertezas climáticas. Estes fatores acabam criando um ambiente para sustentação dos preços.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa de R$ 77,00/78,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento opera em leve alta, a R$ 5,81. Fechamento anterior ficou em R$ 5,808.
(Granoeste Corretora – Camilo/Stephan – Relatório publicado às 9:55).