Comentário de Mercado

SOJA – A semana começa com preços em queda. A posição maio é cotada a U$ 10,05 – queda de 4 pontos neste momento. Na semana anterior os preços pouco oscilaram, mas fecharam com perdas de quase 1%.
– O mercado segue atento e preocupado com as medidas tributárias e restritivas ao comércio por parte do governo Trump. Soma-se a isto, o avanço da colheita na América do Sul, com o consequente aumento da oferta.
– Os participantes já relatam a redução da demanda pelos produtos agrícolas norte-americanos, notadamente por parte da China, e aumento das compras no Brasil e na Argentina.
– Os investidores também buscam ajustar as carteiras para o relatório de intenção de plantio para a temporada 2025/26, bem como para o relatório trimestral de estoques. Ambos serão apresentados pelo USDA neste dia 31.
– O line-up de navios indica que o Brasil deverá exportar mais de 15,0MT de soja neste mês de março. Em março do ano passado foram despachadas 13,6MT. No mês passado foram 9,6MT. Os três primeiros meses do ano devem fechar com cerca de 28,0MT.
– A colheita da safra brasileira de soja chega a 76,7%, ante 69,4% do mesmo ponto do ano passado – com média de 70,8%. O levantamento é da consultoria Safras & Mercado.
– Os prêmios seguem firmes e são indicados na faixa entre 80/100 cents nos portos brasileiros. Estes ganhos ajudam a contrabalançar as perdas no câmbio e a queda na CBOT, bem como a alta do transporte.
– Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/127,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 134,00/136,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Os preços do milho operam em baixa de 2 cents na CBOT, neste momento, manhã de segunda-feira, a U$ 4,61/maio. Na sexta-feira, fechou com perdas de 4 cents nos principais vencimentos.
– Na BMF, a posição maio trabalha em R$ 79,70 (fechamento anterior R$ 79,65) e junho em R$ 73,10 (anterior, R$ 72,88).
– Na BMF, investidores passaram a apostar na queda dos preços do milho, depois que o contrato maio atingiu o ponto mais alto na última quarta-feira, em R$ 85,00. Nas últimas três sessões houve queda superior a R$5,00, para valores entre R$ 79,00/80,00.
– O mercado internacional segue monitorando os passos de Donald Trump, que anunciou que deverá voltar com as tarifas para México e Canadá, além das que já foram impostas a outros países.
– O mercado também está na expectativa dos relatórios de intenção de plantio e de estoques trimestrais, que serão divulgados na próxima segunda-feira, dia 31/03. É esperado aumento na área de milho em relação à de soja.
– Os fundos adotaram uma postura vendedora em Chicago depois do Fórum do USDA, que aconteceu em fins de fevereiro. A posição líquida comprada, que era superior a 300 mil contratos, caiu para algo como 100 mil contratos nos últimos dias. Ao mesmo tempo, a posição maio chegou a ser negociada a U$ 5,20, hoje está na faixa de U$ 4,60, queda de 11%.
– De acordo com o Ministério da Economia da Argentina, a colheita de milho na Argentina chega a 9%, contra 6% da semana anterior e 4% de mesmo período de 2024.
– Segundo a Emater, a colheita de milho no RS atinge 74%, ante 69% do ano passado e 64% de média.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa de R$ 77,00/79,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote.

– CÂMBIO – Neste momento opera em alta, a R$ 5,74. Fechamento anterior ficou em R$ 5,715.

(Granoeste Corretora – Camilo/Stephan – Relatório publicado às 9:35).