SOJA – Os contratos negociados com soja em Chicago operam com alta de 7 pontos nesta manhã de quarta-feira, a U$ 10,60/julho. Ontem houve ganhos moderados, entre 2 e 4 cents nos primeiros vencimentos.
– O mercado é sustentado pela fraqueza do dólar frente a outras moedas; pelo excesso de chuvas em importantes zonas de cultivo da Argentina, onde a colheita está em andamento; pelo clima seco em extensas áreas da China, onde as lavouras da temporada 2025/26 estão sendo implantadas e pelos ganhos no mercado do petróleo. Os participantes também monitoram a possibilidade de adversidades climáticas na Rússia e em vários países da Europa.
– Nos EUA o plantio da nova safra segue em ritmo acelerado, segundo o USDA, e já alcança 66%, ante 50% de um ano atrás e 53% de média histórica.
– Na Argentina, o governo confirma que, a partir de junho, o imposto de exportação retorna aos patamares anteriores: milho, de 9,5% volta para 12%; soja, de 26% volta para 33% e farelo e óleo, de 24,5% para 31%. O desconto vigorava desde fins de janeiro.
– Os temas mais recorrentes seguem sendo as negociações comerciais dos EUA com as principais economias, depois do tarifaço de Trump e a ocorrência de focos de gripe aviária no Brasil.
– As exportações brasileiras de soja devem chegar próximas de 15,0MT neste mês de maio – de acordo com levantamento da ANEC. Em maio do ano passado foram 13,5MT.
– Indicações de prêmios nos portos estão na faixa de 40/60 no spot. Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/129,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 136,00/140,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os preços do milho registram alta entre 2 e 3 pontos nos futuros de Chicago neste momento, manhã de quarta-feira, a U$ 4,57/julho. Ontem, houve fortes ganhos, entre 6 e 7 pontos nos primeiros vencimentos.
– Na BMF, o milho se apresenta em recuperação acentuada, de mais de 2%. A posição julho trabalha em R$ 64,20 (fechamento anterior R$ 62,90) e setembro em R$ 65,70 (anterior, R$ 64,29).
– Os ganhos são atribuídos aos transtornos climáticos que afligem extensas áreas de cultivo na China, que é grande produtora e grande consumidora de milho. A boa demanda pelo produto norte-americano também empresta suporte, bem como o excesso de chuvas na fase de colheita na Argentina
– Por outro lado, o bom ritmo do plantio da nova safra dos EUA, que já chega a 78%, ante 67% do mesmo ponto do ano passado, e a boa evolução da safra brasileira limitam ganhos mais expressivos.
– Outro ponto de atenção é a descoberta de focos de gripe aviária no Brasil. A extensão do problema dirá muito sobre a evolução dos preços do cereal. O consumo interno é estimado pela Conab em 89,3MT e exportações de 34,0MT – números que poderão ser alterados, caso haja alastramento da doença.
– O mercado interno, segue calmo. Muitos compradores adotaram uma postura de retração e observação diante dos focos de gripe aviária encontrados no Rio Grande do Sul.
– No oeste do Paraná́, vagas indicações de compra na larga faixa entre R$ 58,00/65,00 – dependendo do prazo de pagamento, da localização do lote e se o lote está disponível ou se o lote se refere à colheita de safrinha. Na medida em que a colheita avançar, a tendência é de preços mais acomodados.
– CÂMBIO – Neste momento, opera em R$ 5,65 – com leve queda. Ontem fechou em R$ 5,667.
(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9h35).