Comentário de Mercado

SOJA – Chicago inicia a semana estável. A posição julho é cotada em U$ 10,58. Na semana passada os preços registraram alta de 1,5%.
– O mercado segue otimista em relação a novas negociações entre China e EUA para destravar o comércio entre os dois países.
– Enquanto isto, nos campos do Meio Oeste o plantio está na reta final; na semana passada estava em 84%; no fim da tarde de hoje o USDA irá divulgar uma nova atualização.
– Ainda nos EUA, o mercado especula que haverá aumento da área com soja, em face do clima excessivamente úmido em muitas regiões – que deixa o milho fora da janela ideal de plantio. No mais, o comportamento do clima está, em geral, adequado.
– Depois de alguns meses em queda, as importações de soja por parte da China atingiram 13,9MT em maio. Abril tinha sido de apenas 6,1MT. Despacho aduaneiros voltaram ao normal e a indústria teve melhora nas margens de esmagamento.
– Dados da SECEX indicam que as exportações brasileiras de soja somaram 14,1MT ao longo do mês de maio. Em abril, foram 15,3MT; em maio do ano passado, 13,4MT. No acumulado desta temporada, o volume chega a 50,5MT, ante 47,3MT do mesmo período do ano passado.
– Indicações de prêmios nos portos estão na faixa de 70/85 no spot. Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/129,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 135,00/138,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Os contratos negociados com milho em Chicago operam com perdas entre 4 e 6 pontos, neste momento, manhã de segunda-feira, a U$ 4,38/julho. Na sexta-feira, os preços fecharam positivos entre 1 e 4 pontos. Ao longo da última semana, entre ganhos e perdas, os preços ficaram praticamente estáveis.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 64,20 (fechamento anterior R$ 64,57) e setembro em R$ 65,20 (anterior, R$65,53).
– No mercado internacional pesa o bom andamento do clima nos EUA. As previsões indicam, no geral, comportamento favorável também para essa semana. Além disso, segue a expectativa de avanço nas relações entre China e EUA sobre as tarifas comerciais, bem como certa redução na área de milho.
– No mercado interno, a colheita deve ganhar força nessa semana, diante da perspectiva de redução das chuvas; porém, os dias serão mais frios, o que atrasa a secagem das plantas. Na porção sul, há previsão de retorno das chuvas no final de semana.
– Levantamento da AgRural indica que a colheita da safrinha no Centro-sul é a mais atrasada desde 2021, com apenas 2% colhido, contra 10% de 2024. Além do atraso na implantação das lavouras, melhores chuvas alongaram o ciclo e, agora, na fase de colheita, a umidade em excesso atrasa os trabalhos de campo.
– Segundo o IMEA, a colheita no MT atinge 2,7%, contra 1,0% da semana anterior e 10,7% em mesmo ponto do ano passado.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 58,00 e R$ 62,00. Em razão da baixa disponibilidade e atraso na colheita, o produto disponível ainda conta com preços melhores. Além do período de embarque, a formação do preço depende do prazo de pagamento e do local de embarque.

– CÂMBIO – Neste momento, opera em leve alta, a R$ 5,58. Na sessão anterior fechou em R$ 5,569.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 10:40).