Comentário de Mercado

SOJA – A semana passada terminou com perdas superiores a 4%. Com a acentuada queda de preços, os investidores se sentem à vontade para recompor as carteiras. Neste momento, manhã de segunda-feira, a posição agosto operam em leve alta, a U$ 10,35.
– Além do otimismo com os novos acordos comerciais entre os EUA e a China e as boas perspectivas com Japão e Canadá, o mercado vê como positiva a possibilidade de acomodação das guerras no Oriente Médio.
– O mercado também busca posicionar-se para receber os números finais do plantio da safra norte-americana, que serão apresentados pelo USDA logo mais no início da tarde de hoje. Analistas ouvidos por agências de notícias preveem um pequeno aumento na área de soja (algo como 33,85MH) em relação à primeira intenção de plantio (33,79MH). No ano passado foram semeados 35,23MH. Clima segue favorável nos campos do Meio Oeste.
– O USDA irá divulgar também os estoques existentes em solo norte-americano ao final do terceiro trimestre, encerrado em primeiro de junho. Analistas imaginam estoques na faixa de 24,95MT, um volume similar ao do mesmo ponto do ano passado.
– O bom andamento da safra norte-americana segue pesando na formação do preço. Os preços do petróleo se estabilizaram, depois de perder mais de 15%. Os ativos financeiros também buscam recuperação e batem recordes e muitas bolsas. Enfim, depois da tempestade parece haver recuperação que, espera-se, chegue também para as commodities agrícolas.
– No mercado doméstico, os negócios se mantêm muito acomodados. Na medida em que a CBOT perdeu força, os prêmios nos portos ganharam espaço – com indicações na faixa de 110/125 no spot.
– Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 128,00/131,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 135,00/140,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Nesta abertura de semana, os preços do milho seguem perdendo valor nos futuros de Chicago. Nesta manhã de segunda-feira, opera em U$ 4,07/setembro, com queda entre 3 e 4 pontos. Na semana anterior houve queda de 4%.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 63,45 (fechamento anterior R$ 63,45) e setembro em R$ 62,30 (anterior, R$ 62,23).
– Segue a boa evolução da safra norte-americana e a grande oferta brasileira que, embora com a colheita atrasada, vai chegando ao mercado. Enquanto isto, os investidores se posicionam para receber os números do USDA sobre plantio e estoques.
– Mercado espera ligeiro corte nas projeções de área nos EUA. Previsão para 38,55MH, ante 38,58MH de março (ano passado foi de 36,81MH). Quanto aos estoques em primeiro de junho nos EUA, o mercado espera algo como 118,0MT, ante 126,9MT da mesma data de 2024.
– No MT, segundo o IMEA, a colheita chega a 27%, ante 62,4% do mesmo ponto do ano passado.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 56,00/58,00 – com mercado bastante lento e aumento dos volumes ofertados – e em Paranaguá, indicações na faixa de R$ 63,00/65,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

– CÂMBIO – Neste momento, opera em alta, a R$ 5,50. Na última sessão, fechou em R$ 5,483.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9:25).