SOJA – Os preços da soja voltam a operar em alta nos futuros de Chicago nesta manhã de quarta-feira, com ganhos de 9 pontos neste momento, a U$ 10,39/agosto. Ontem, depois de operar com perdas superiores a 10 pontos, o mercado reagiu para fechar com pequenos ganhos.
– Os investidores ainda reagem aos diversos relatórios apresentados pelo USDA na segunda-feira. Tecnicamente, muitos agentes buscam cobrir posições e recompor as carteiras. O óleo sobe com mais força e dá suporte ao grão.
– A área semeada nos EUA ficou em 33,74MH, extensão similar àquela da primeira intenção de plantio, divulgada em março. Os estoques de soja em primeiro de junho vieram acima do esperado em 1,0MT, em 27,4MT.
– Mais estoques nos EUA, bom desenvolvimento das lavouras nos campos do Meio Oeste, grande oferta brasileira e demanda comedida são pontos que explicam a pressão vivida até o início desta semana.
– Em termos de qualidade, as lavouras norte-americanas contam, segundo o USDA, com 66% em boas/excelentes condições, ante 67% de um ano atrás; 17% entraram em floração e 3% chegaram à fase de formação de vagens.
– Os mercados financeiros e acionários estão num momento de muito otimismo, com preços máximos históricos em alguns dos principais índices. O governo dos EUA fala na possibilidade de fechamento de vários acordos comerciais, dentre eles com algumas das principais economias e blocos econômicos.
– No mercado doméstico, os negócios se mantêm acomodados. Na medida em que a CBOT perdeu força, os prêmios nos portos ganharam espaço – com indicações na faixa de 120/130 no spot.
– Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 126,00/129,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 135,00/140,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os preços do milho continuam perdendo força nos futuros de Chicago e chegam ao intervalo desta quarta-feira com queda entre 2 e 3 pontos, a U$ 4,03/setembro. Ontem houve perdas de até 3 cents. Segue a onda de negativa, que já acumula queda em torno de quase 7%.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 62,55 (fechamento anterior R$ 62,90) e setembro em R$ 61,25 (anterior, R$ 61,58).
– O mercado segue digerindo os números dos últimos relatórios do USDA. Os estoques de milho nos EUA, em primeiro de junho, eram de 117,96MT, em linha com a expectativa do mercado; porém, bem abaixo das 126,9MT do mesmo ponto do ano passado. A área semeada ficou em 38,53MH, em linha com a estimativa de fins de março; mas, quase 5% maior do que aquela do ano passado.
– As condições das lavouras norte-americanas seguem a contento. Segundo o USDA, 73% das áreas de milho são avaliadas como boas/excelentes, contra 67% de um ano atrás; 8% já estão na fase de pendoamento.
– O mercado doméstico segue lento, com aumento dos volumes ofertados e demanda lenta – o que se revela em acentuada queda dos preços. A lentidão também é verificada nas exportações.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 53,00/56,00 e em Paranaguá, indicações na faixa de R$ 61,00/63,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento, opera estável, a R$ 5,46. Na última sessão, fechou em R$ 5,46.
(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 10:15).