SOJA – Mercado cai ainda mais e a posição setembro é cotada abaixo de U$ 10,00. Esta semana, até aqui, tem sido agressivamente negativa e soma perdas superiores a 5%. Neste momento, manhã de quinta-feira, a posição agosto, perde 4 pontos, a U$ 10,04. Ontem houve queda entre 10 e 12 cents.
– As incertezas comerciais se agigantaram com a aplicação de novas tarifas por parte do governo Trump para outros países. Para o Brasil foi aplicado uma tarifa adicional de 50 pontos percentuais, o que praticamente inviabiliza as exportações brasileiras para os EUA. Com isso, o Dólar disparou frente ao Real e acaba compensando parte das perdas da CBOT na formação do preço doméstico.
– Segue também a boa evolução das lavouras norte-americanas. Segundo o USDA, 66% são avaliadas como boas/excelentes, ante 68% do mesmo ponto do ano passado. Em floração, 38%.
– Nesta sexta-feira, tem relatório de oferta e demanda do USDA. O mercado espera pequenos ajustes nos volumes de produção (com algum corte) e um leve aumento dos estoques finais (em razão da guerra comercial).
– A CONAB acaba de divulgar o 10º levantamento de safra,2024/25, estimando a produção brasileira de soja em 169,5MT, um pequeno corte sobre as 169,6MT do mês anterior. Em relação à safra passada, que foi de 147,7MT, há um aumento de 15%.
– A área semeada foi avaliada em 47,61MH, contra 46,15MH do ano anterior, aumento de 3,2%. A produtividade chega a 59,3 sacas/ha, ante 53,4 sacas/ha do ciclo passado.
– As exportações brasileiras estão avaliadas pela CONAB em 106,2MT, ante 98,8MT da temporada anterior; o consumo interno, em 60,7MT, contra 56,1MT.
– A produção de farelo está prevista em 43,8MT, com exportações de 23,6MT e consumo interno de 19,4MT. A produção de óleo deve chegar a 11,4MT, com exportações de 1,4MT e consumo interno de 9,9MT.
– Prêmios nos portos são indicados na faixa de 125/135 no mercado spot; agosto, entre 145/160.
– Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 128,00/130,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 138,00/140,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os preços do milho, nesta manhã de quinta-feira, operam com perdas entre 1 e 2 pontos, a U$ 3,97/setembro. Ontem mercado fechou com modestos ganhos, entre 1 e 2 cents. As perdas acumuladas nesta semana somam mais de 5%.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 63,15 (fechamento anterior R$ 63,00) e setembro em R$ 63,50 (anterior, R$ 63,79).
– O mercado internacional segue pautado nas agudas incertezas sobre o comércio global, postado nas tarifas aplicadas pelo governo Trump para mais uma série de países, inclusive contra o Brasil. Além disto, segue no radar o bom andamento das lavouras nos EUA e no Brasil.
– Nos campos do Meio Oeste, o USDA indica que 74% das lavouras tem performance boa/excelente, ante 68% do mesmo ponto do ano passado; 18% entraram na fase de pendoamento e 3% chegaram à fase de formação dos grãos.
– Para o relatório de oferta e demanda de julho desta sexta-feira, o mercado aguarda algum corte na produção, para algo como 400,0MT. Os estoques também devem ter algum corte, nada muito expressivo.
– O 10° levantamento da CONAB, publicado há pouco, elevou a produção de milho no Brasil para 132,0MT, ante 128,3MT previstas em junho. Sobre a estação 2023/24, o aumento de produção é de 14,3%.
– A colheita da primeira safra totalizou 24,9MT; a segunda (safrinha) deve alcançar 104,5MT e a terceira, 2,5MT.
– As exportações devem alcançar 36,0MT, ante 38,5MT do ciclo passado. O consumo interno está avaliado em 90,0MT, ante 84,0MT da temporada anterior. Os estoques finais estão avaliados em 9,5MT, ante 1,85MT ao final da estação passada.
– A área semeada total está avaliada em 21,56MH, aumento de 2,4% sobre a temporada 2023/24.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 55,00/57,00 e em Paranaguá, indicações na faixa de R$ 63,00/65,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento, opera em alta, a R$ 5,54 – mas, mais cedo, chegou a bater em R$ 5,62. Na última sessão, fechou em forte alta, a R$ 5,502.
(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 10:40).