SOJA – Mercado se mostra em leve recuperação neste início de semana. Depois de perdas acentuadas na última semana, de quase 5%, os preços da soja indicam ter encontrado um fundo para se estabilizar e reagir. Neste momento, as primeiras posições operam com alta entre 1 e 3 pontos, a U$ 10,05/agosto.
– Os fundamentos seguem inalterados, com bom clima nos campos do Meio Oeste e perspectiva de safra cheia. As incertezas comerciais provocadas pelo governo Trump segue preocupando os investidores.
– O relatório de oferta e demanda de julho não trouxe nenhuma grande novidade. A produção de soja dos EUA está avaliada em 117,98MT, ante 118,12MT de junho e 118,84MT do ano passado. Os estoques finais dos EUA estão previstos em 8,44MT, contra 8,03MT do mês anterior e 9,53MT do ciclo passado.
– Importante observar o aumento do esmagamento interno dos EUA. Para 2025/26 está previsto o processamento de 67,77MT, contra 65,86MT deste ano e 62,2MT do último ciclo.
– Para o mundo a produção é estimada em 427,7MT, aumento de quase 1,0MT sobre junho; no ano passado foram 422,0MT.
– Para a temporada 2025/26, o USDA estima para o Brasil 175,0MT, com exportações de 112,0MT. Neste ano está sendo colhido 169,0MT, com vendas externas de 102,1MT.
– A China tem importações previstas em 106,5MT neste ano e, no próximo, em 112,0MT.
– E junho a China importou 12,3MT de soja, um recorde para o mês. O volume acumulado deste ano chega a 49,4MT, cerca de 2% acima do mesmo intervalo do ano passado. A informação é da Reuters, citando dados da administração alfandegária do país.
– Prêmios e dólar fortalecidos vem compensando, em favor dos preços domésticos, boa parte das perdas verificadas nos últimos dias na CBOT. Prêmios são indicados na faixa de 125/135 no mercado spot; agosto, entre 145/165.
– Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 128,00/130,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 139,00/141,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os preços do milho, chegam ao intervalo nesta manhã de segunda-feira, com alta de 3 pontos, a U$ 3,99/setembro. Na sexta-feira mercado fechou com baixa de 3 a 4 cents; ao longo da semana passada perdeu 6% do seu valor.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 62,95 (fechamento anterior R$ 63,00) e setembro em R$ 63,70 (anterior, R$ 63,90).
– O mercado internacional segue pressionado pela bela produtividade que vem sendo reportada na colheita brasileira. Além disto, pesa o bom andamento das lavouras norte-americanas e as incertezas comerciais com as novas tarifas de Trump. Em contrapartida, a alta do petróleo e de outras commodities, ajudam com algum tom positivo.
– O relatório mensal de oferta de demanda, divulgado na sexta-feira pelo USDA, não trouxe maiores surpresas. Houve uma pequena redução na produção do milho norte-americano na temporada 2025/26 em cerca de 2,0MT, agora prevista em 398,9MT. Os estoques caem na mesma proporção, avaliados agora em 42,1MT. A produção brasileira de milho segue nos 131,0MT.
– A Secex aponta o Line-up de navios de milho nos portos brasileiros em julho em 4,5MT. De janeiro até agosto, o line-up aponta exportações de 7,7MT. Todavia, os embarques devem ganhar forte ritmo nas próximas semanas.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 55,00/58,00 e em Paranaguá, indicações na faixa de R$ 63,00/65,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento, opera estável, a R$ 5,55. Na última sessão, fechou em R$ 5,546.
(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 10:05).