Comentário de Mercado

SOJA – Mercado segue bastante acomodado nos futuros de Chicago. Certa sustentação é promovida por melhores volumes de exportação na última semana. Neste momento, manhã de quinta-feira, a posição setembro opera com alta de 4 pontos, a U$ 9,68. Ontem, depois de operar com ganhos entre 6 e 7 cents, o mercado cedeu e fechou com perdas de 6 pontos nos primeiros vencimentos. O momento parece ser de estabilidade, mas diante das recentes perdas é plausível pensar que fundos comecem a recompor as carteiras.
– Apesar de melhores exportações, outros fatores fundamentais continuam pesando. Podem ser citadas as boas condições da safra norte-americana e a grande safra brasileira e Argentina. Na outra ponta permanecem dúvidas cruciais sobre o ritmo da demanda, sobretudo dos EUA, diante das tarifas aplicadas por Trump.
– Na terça-feira da semana que vem o USDA vai apresentar o relatório mensal de oferta e demanda, cujas projeções terão base em pesquisa de campo. O mercado espera algum aumento da estimativa de produtividade e de produção.
– Nos campos do Meio Oeste, 69% das lavouras são consideradas boas/excelentes, ante 68% de um ano atrás; 85% chegaram à fase de floração e 58%, à fase de formação de vagens.
– A China, por meio do sistema alfandegário do país, informou ter importado 11,7MT de soja em julho – o maior volume da história para este mês. Grande parcela saiu do Brasil, notadamente por causa das disputas comerciais com os EUA. No acumulado do ano, as importações chinesas chegam a 61,0MT, aumento de quase 5% sobre o mesmo período do ano passado.
– Os prêmios no Brasil seguem firmes, recompondo as perdas da CBOT para a versão do preço doméstico – diante da ótima demanda pelo produto brasileiro. São indicados na faixa de 195/210 no mercado spot; setembro, entre 205/215.
– Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 131,00/134,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 141,00/144,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Mercado reage ao bom volume de exportações dos EUA e reverte para o campo positivo. A posição setembro, opera neste momento desta quinta-feira, com ganhos de 4 cents, a U$ 3,84. Ontem, a bolsa fechou com até 2 pontos de queda.
– Na BMF, a posição setembro trabalha em R$ 65,40 (fechamento anterior R$ 65,50) e novembro em R$ 67,80 (anterior, R$ 67,79).
– O mercado segue orientado pelos fundamentos. Nos EUA, a perspectiva é de safra cheia; assim como no Brasil. A demanda se mostra tranquila diante da construção de estoques mais robustos.
– O USDA acaba de reportar que, na última semana, foram realizadas vendas para o exterior de 3,16MT para embarque em 2025/26 e 0,17MT para esta estação. Isto deu algum ânimo para os preços.
– Nos campos do Meio Oeste, 73% das lavouras são tidas como boas/excelentes, ante 67% de um ano atrás; 88% chegaram à fase de pendoamento; 42%, ao espigamento e 6% à fase final de formação dos grãos.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 55,00/58,00 e em Paranaguá, indicações na faixa de R$ 63,00/65,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

– CÂMBIO – Neste momento, opera estável, a R$ 5,46. Na sessão anterior, fechou em R$ 5,463.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9:50).