Comentário de Mercado

SOJA – Chicago busca recuperação. Os preços da soja registram ganhos de 7 pontos sobre a posição setembro, a U$ 10,32, neste momento, manhã de terça-feira. Ontem, o mercado foi pressionado e perdeu entre 9 e 11 cents.
– Mais do mesmo. O mercado acompanha de perto o apetite chinês, que tende a se voltar para os EUA com a chegada de produto novo dentro de 30 a 40 dias. A boa situação das lavouras norte-americanas, combinado com uma grande safra na América do Sul, limita avanços mais significativos dos preços.
– No fim da tarde de ontem, o USDA informou que 69% das áreas de soja são avaliadas como boas/excelentes, alta de um ponto sobre a semana anterior; 23, regulares e 8%, ruins/péssimas. Na mesma data de 2024, os índices eram, respectivamente, 57%, 24% e 9%.
– Quanto ao estágio, 89% estão em formação de vagens, ante 88% de um ano atrás; 4% chegaram à fase de maturação, contra 6% do mesmo ponto do ano passado.
– O mercado vive um momento de poucos sobressaltos. Produção cheia nos principais países produtores e demanda comedida e, até certo ponto, prejudicada pelas incertezas comerciais, sobretudo pela forma errática como o governo Trump tem atuado.
– O Crop Tour indicou uma 115,6MT para os EUA, ante 116,8MT do USDA de agosto. No ano passado foram 118,8MT.
– Os prêmios vieram perdendo força nas últimas jornadas e, agora, tendem a se estabilizar. Nos portos brasileiros são indicados, no spot, na faixa entre 150/165; para outubro, entre 150/170.
– Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 132,00/135,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 142,00/145,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Milho indica ter encontrado seu piso. Os preços do milho operam estáveis nos futuros de Chicago neste momento desta terça-feira, a U$ 3,90/setembro. Ontem houve ganhos na faixa mínima.
– Na BMF, a posição setembro trabalha em R$ 66,20 (fechamento anterior R$ 66,09) e novembro em R$ 69,75 (anterior, R$ 69,50).
– Os investidores seguem acompanhando a boa evolução das lavouras norte-americanas. Ontem o USDA indicou que 71% das áreas são avaliadas como boas/excelentes, mesmo índice da semana passada; 21%, regulares e 8%, ruins/péssimas. No mesmo ponto do ano passado, os índices eram, respectivamente, 65%, 22% e 13%.
– Quanto ao estágio, 83% estão na formação de espigas, 44% na formação de grãos e 7% em maturação.
O Crop Tour, realizado na semana passada nos campos do Meio Oeste, estimou a produção de milho em 411,6MT, contra a projeção do 425,3MT do USDA deste mês; de qualquer maneira, um novo recorde. No ano passado foram produzidas 377,6MT.
– A colheita de milho safrinha chega a 94,8%, ante 97,9% do mesmo ponto do ano passado e média de 92,6%. O levantamento é da Conab.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 57,00/59,00 e, em Paranaguá, na faixa de R$ 63,00/66,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

– CÂMBIO – Neste momento, opera em leve queda, a R$ 5,40. Na sessão anterior fechou em R$ 5,413.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9:25).