Comentário de Mercado

SOJA – Depois de duas sessões negativas, com perdas ao redor de 20 cents, os preços em Chicago esboçam alguma reação positiva, com alta, neste momento, de 3 cents, a U$ 10,48/março.
– Tudo indica que os preços buscam certa consolidação nestes patamares, ao redor dos U$ 10,50. Enquanto isto, as atenções seguem voltadas para o comportamento do clima na América do Sul, sobretudo no Sul do Brasil e na Argentina – regiões que voltaram a receber melhores volumes de chuvas. No Centro Oeste as preocupações são com o excesso de umidade, atraso na colheita e perda de qualidade dos grãos.
– O mercado também segue avaliando questões tarifárias. Na Argentina, a redução das “retenciones” promove maior participação do país na oferta internacional. Nos EUA, a possibilidade de elevação das tarifas de importação de várias origens, sobretudo da China, pode causar retaliações e a consequente reacomodação dos fluxos comerciais.
– Levantamento da Conab indica que a colheita da safra brasileira de soja chega a 3,2%, ante 8,6% do mesmo ponto do ano passado.
– Mercado interno permanece travado. Este início de ano foi marcado por bons ganhos na bolsa norte-americana; mas, por outro lado, marcado também por forte queda nos prêmios e aumento dos fretes.
– No spot, prêmios são apontados entre –15/+5. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 123,00/125,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 133,00/135,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Na CBOT, os preços do milho operam em leve alta, a U$4,84/março. Ontem, o mercado cedeu entre 3 e 4 pontos.
– Na BMF, a posição março trabalha em R$ 75,05 (fechamento anterior R$ 75,05) e maio em R$ 74,90 (anterior, R$ 74,69).
– As perdas apuradas nos últimos dias são atribuídas aos temores sobre sansões comerciais por parte de Trump, especialmente em relação à China; entra nesta conta também a redução das “retenciones” (tarifas de exportações argentinas).
– Internamente, temos a entrada de milho novo, que acaba atuando como fator de pressão. Apesar de uma produção cada vez menor, a safra de verão, estimada em cerca de 21,0MT, como é devotada quase que exclusivamente ao mercado doméstico, ajuda a segurar o ímpeto altista dos preços. RS, MG, PR e SC são os maiores estados produtores de milho verão, respondendo por cerca de 65% da colheita.
– Segundo a Conab, a colheita de milho verão em território nacional chega 6,3%, ante 4,4% da semana anterior e 10,4% de mesma época em 2024.
– Ainda com dados obtidos pela Conab, o plantio da segunda safra atinge 1,4%, ante 0,5% da semana anterior e 10,3% do mesmo ponto do ano passado.
– Segundo a Secex, as exportações brasileiras de milho em janeiro somam até agora 2,7MT, ante 4,8MT de janeiro cheio de 2024.
– No oeste do Paraná, indicações de compra na faixa de R$ 71,00 /72,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote.

– CÂMBIO – Neste momento opera em leve queda, a R$ 5,90. Ontem, fechou em R$ 5,912.

(Granoeste Corretora – Camilo/Stephan – Relatório publicado às 9:40).