SOJA – Os contratos negociados com soja em Chicago operam com alta de 4 pontos neste momento, manhã de quarta-feira, a U$ 10,42/março. Ontem, depois de um começo negativo, o mercado reagiu e fechou com ganhos entre 2 e 3 cents nos primeiros vencimentos.
– As controversas medidas do governo Trump, especialmente em questões tarifárias, seguem influenciando o comportamento de agentes do mercado e, por consequência, os preços. Enquanto isto, no Brasil a colheita vai avançando e pode virar a semana na faixa entre 35/40%.
– Participantes também monitoram as perdas no Rio Grande do Sul e na Argentina – regiões que foram afetadas por falta de chuvas no início deste ano.
– O line-up de navios nos portos brasileiros indicam disponibilidade para embarcar cerca de 11,0MT de soja neste mês de fevereiro. Na primeira quinzena houve embarques de 4,2MT aponta levantamento da consultoria Safras & Mercado. No mesmo mês do ano passado foram despachadas 9,5MT.
– Ainda no Brasil, o governo adiou qualquer alteração na mistura de biodiesel ao diesel – que se mantém em 14%. Havia a possibilidade de subir para 15%; mas, preocupado com questões inflacionárias, o governo resolveu, por enquanto, não promover nenhuma alteração no percentual vigente.
– O mercado interno segue lento. Os prêmios nos portos vêm se firmando. Por outro lado, os preços domésticos são pressionados pelas recentes perdas na CBOT, pelo recuo do câmbio, pela alta dos fretes e pela entrada maciça de produto novo.
– No spot, prêmios são apontados entre 15/25. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 122,00/124,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 132,00/134,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Na CBOT, os preços do milho operam em leve alta, ultrapassando a marca de U$ 5,00/março por bushel – coisa que não acontecia desde julho de 2023. Neste momento o vencimento março é negociado em U$ 5,04. Ontem, houve alta entre 5 e 7 cents.
– Na BMF, a posição março trabalha em R$ 80,30 (fechamento anterior R$ 80,75) e maio em R$ 77,55 (anterior, R$ 76,92).
– O mercado se mantém firme. A demanda pelo produto dos EUA é surpreendentemente boa. Enquanto isto, do lado da oferta, o clima irregular em pontos da Argentina e do sul do Brasil têm limitado a perspectiva de colheita.
– Nas demais regiões brasileiras continua certo atraso no ritmo de implantação das lavouras de segunda safra. As atenções se voltam para o comportamento climático para os meses de março, abril e maio, que é o período crítico de evolução da safrinha.
– No Paraná, o DERAL informa que o plantio da segunda safra chega em 56% da área estimada em 2,56MH – aumento de 1% sobre o ciclo anterior e produção estimada em 15,5MT. Ao mesmo tempo, o Departamento informa que colheita da safra de verão chega a 30% de uma produção esperada em 2,64MT.
– No oeste do Paraná, indicações de compra na faixa de R$ 74,00/76,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento opera em alta, a R$ 5,71. Ontem, fechou em R$ 5,688.
(Granoeste Corretora – Camilo/Stephan – Relatório publicado às 9:35).