Comentário de Mercado

SOJA – Os preços da soja seguem perdendo força em Chicago e registram baixa de 6 pontos neste momento, manhã de quarta-feira, a $10,25/março. Ontem, depois de operar com até 10 pontos negativos, os preços reagiram e fecharam com leves ganhos.
– O mercado segue influenciado pelo bom avanço da colheita no Brasil e pelo consequente aumento da oferta de produto novo. Melhores chuvas nas regiões de cultivo da Argentina também entram nesta conta – embora deva-se observar a onda de calor que atinge toda a região do Cone Sul. Março pode ser excessivamente úmido no país vizinho. Além disto, os participantes seguem cautelosos em relação a possíveis medidas do governo Trump.
– Nesta quinta e sexta-feira, acontece o Fórum Anual do USDA. Deste encontro sairá um primeiro quadro de oferta e demanda para a temporada 2025/26, com destaque para a estimativa de área nos EUA. O mercado aguarda um expressivo aumento do plantio de milho; a soja pode perder terreno.
– Levantamento da AgRural indica a produção da safra brasileira de soja em 168,2MT, ante 171,0MT da estimativa de janeiro.
– No mercado interno, segue o baixo interesse em vendas, diante dos preços pouco atrativos. As indicações ainda mantêm certo padrão de preços regionalizados, uma vez que, em muitas regiões, a indústria permanece mais competitiva que o setor exportador.
– Prêmios seguem firmes. Porém, os preços são pressionados em razão das perdas na CBOT, recuo do câmbio, alta dos fretes e entrada mais agressiva de produto novo.
– No spot, prêmios são apontados entre 35/50. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 124,00/125,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 132,00/135,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Os preços do milho na CBOT operam com leves perdas nesta manhã, U$ 4,79/março. Ontem houve perdas na faixa de 2 pontos nos primeiros vencimentos.
– O mercado aguarda os primeiros números sobre plantio e de quanto será o aumento da área de milho nos EUA na próxima temporada. Este quadro será apresentado durante o Fórum Anual do USDA, que acontece nesta quinta e sexta-feira.
– Na BMF, a posição março trabalha em R$ 86,20 (fechamento anterior R$ 84,85) e maio em R$ 81,80 (anterior, R$ 80,71).
– O mercado internacional segue observando a melhora do clima na Argentina e de quanto será o aumento da área de milho nos EUA. Por outro lado, está atento ao clima no Brasil, bem como em relação à forte demanda e redução dos estoques globais.
– Apesar do expressivo aumento dos preços, as exportações brasileiras de milho devem se aproximar de 1,3MT neste mês de fevereiro.
– O Mercado interno se mantém firme, diante de estoques baixos, safra de verão reduzida (na faixa de 21,0/22,0MT) e dúvidas climáticas para a boa evolução da safrinha.
– No oeste do Paraná, indicações de compra na faixa de R$ 76,00/78,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote.

– CÂMBIO – Neste momento opera estável, a R$ 5,75. Ontem fechou em R$ 5,752.

(Granoeste Corretora – Camilo/Stephan – Relatório publicado às 9:40).