SOJA – Os preços da soja operam em alta de 8 cents nos futuros de Chicago, neste momento, manhã de quinta-feira, a U$ 10,19/maio. Ontem houve ganhos entre 7 e 12 pontos nos principais vencimentos. Porém, nas cinco sessões anteriores, até o início desta semana, o mercado foi atingido por perdas, diante da entrada em vigor do tarifaço proposto pelo governo Trump contra México, Canadá e China.
– Na sequência, no entanto, alertado sobre as consequências inflacionárias, o governo deu sinais de recuo e promete revisão das tarifas para alguns grupos de produtos. O mercado passou a reagir positivamente, buscando recuperação. Enfraquecimento do dólar frente a outras moedas e certa recuperação do petróleo também ajudam as commodities alimentares.
– As tensões comerciais devem continuar. A imprevisibilidade deixa o mercado receoso e sem um rumo definido.
– Com as recentes perdas em Chicago, em parte como consequência das retaliações que a China impôs às importações de produtos dos EUA (no caso da soja a taxa de internação foi fixada em 10%), os prêmios nos portos brasileiros deram um salto, basicamente recompondo as perdas apuradas na CBOT.
– A colheita da safra brasileira chega 48,4%, informa a Conab em levantamento divulgado no último final de semana. No mesmo ponto do ano passado o índice era de 47,3%.
– Prêmios são indicados no mercado spot na faixa entre 55/80 cents – uma alta entre 25 e 30 cents em relação à semana anterior. Por outro lado, o câmbio, a quedas dos preços na CBOT e a alta dos fretes limitam uma melhor evolução dos preços no mercado doméstico.
– Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 126,00/128,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 136,00/137,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os preços do milho na CBOT operam em linha com o fechamento anterior, nesta manhã̃, a U$ 4,57/maio. Ontem houve ganhos de 4 pontos nos primeiros vencimentos.
– Na BMF, a posição março trabalha em R$ 87,25 (fechamento anterior R$ 86,36) e maio em R$ 82,20 (anterior, R$ 81,70).
– O mercado internacional de milho segue com viés pessimista, repercutindo as taxações impostas pelos EUA, que acabam pressionando os preços na CBOT. A China, que está recebendo as novas tarifas do governo Trump, promete retaliar, fazendo com que busquem mais produtos de outras origens, como no Brasil e na Argentina.
– Contrariamente, o mercado interno do milho segue aquecido, com baixo volume de ofertas vindo à tona. Ainda há um longo caminho pela frente até a entrada da safrinha, e muitas regiões já reportam a necessidade de chuvas. Escassez de ofertas e dúvidas sobre a qualidade climática para a evolução da safrinha deixam o mercado doméstico muito ativo.
– Levantamento da consultoria Safras & Mercado indica que o plantio do milho safrinha alcança 70,4% no Centro-Sul, ante 71,5% do mesmo ponto do ano passado. A área está estimada em 15,4MH, aumento de 4,7% sobre os 14,7MH da temporada anterior. Os dados se referem ao final da semana passada.
– Enquanto isto, a consultoria indica que a colheita do milho verão chega a 39,3%, ante 42,2% do mesmo ponto do ano passado e 36,3% de média histórica.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa de R$ 77,00/78,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento opera estável, a R$ 5,75. Ontem fechou com queda superior a 2,5%, em R$ 5,755.
(Granoeste Corretora – Camilo/Stephan – Relatório publicado às 9:40).