SOJA – Os preços da soja voltam a operar no campo negativo, com perdas de 9 cents neste momento, manhã de quarta-feira, a U$ 10,02/maio.
– A combinação entre guerra comercial promovida pelo governo Trump e um relatório sem maiores novidades, vem deixando o mercado largado, estimulando vendas por parte dos investidores. Ontem, depois de operar com alta de até 8 pontos, o mercado recuou e fechou com 2 pontos negativos.
– O relatório de oferta e demanda de março veio praticamente sem alterações significativas. As únicas mudanças dignas de nota são: aumento de 3,0MT no consumo mundial, para 409,2MT e o consequente corte na mesma proporção nos estoques finais, para 121,4MT. Notar que o consumo mundial vem sendo projetado em alta, já no relatório de fevereiro houve um acréscimo de 4,0MT.
– Brasil e Argentina seguem com projeções idênticas às de fevereiro, com produção de 169,0MT e 49,0MT, respectivamente. As exportações brasileiras estão estimadas em 105,5MT, ante 104,2 do ano passado e 95,5MT do ano retrasado.
– Diante de retaliações tributárias que alguns países, sobretudo a China, tende a impor contra os EUA, o mercado aguardava alguma redução nas exportações norte-americanas; elas seguem, porém, estimadas em 49,7MT.
– A produção mundial se mantém avaliada em 420,8MT, aumento de 6,5% sobre as 395,0MT do ciclo passado. Os principais produtores, pela ordem, são: Brasil, com 169,0MT; EUA, com 118,8MT; Argentina, com 49,0MT; China, com 20,7MT e Paraguai, com 10,7MT. Os dados são do USDA.
– Levantamento do Deral indica que a colheita no Paraná chega a 72%, com produção estimada em 21,2MT, ante 18,5MT da estação passada.
– Prêmios são indicados no mercado spot na faixa entre 50/65 cents. No mercado doméstico, no entanto, a acomodação do câmbio e dos preços na CBOT, bem como a alta dos fretes limitam uma melhor evolução dos preços.
– Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/126,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 134,00/136,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os preços do milho na CBOT operam em forte queda, de 9 cents neste momento, manhã de quarta-feira, a U$ 4,61/maio. Ontem, fechou entre 1 e 2 cents negativos.
– O mercado segue sob o impacto das medidas tributárias do governo Trump e das reações dos países atingidos; pesa também os números do relatório de oferta e demanda apresentados pelo USDA na tarde de ontem, que não trouxeram nada de novo.
– Na BMF, a posição março trabalha em R$ 88,45 (fechamento anterior R$ 87,60) e maio em R$ 80,40 (anterior, R$ 79,72).
– Espelhando o que ocorreu na soja, o relatório de oferta e demanda não trouxe maiores novidades para o milho. De relevante, pode-se citar o corte nos estoques mundiais em cerca de 1,5MT, para 288,9MTm representando aumento do consumo global.
– Nos EUA, o que mais chamou a atenção foi a manutenção das exportações em 62,2MT, diante do cenário de guerra comercial e possíveis retaliações de países importadores.
– A produção brasileira segue estimada em 126,0MT, com exportações de 44,0MT (queda de 2,0MT em relação a fevereiro). A Argentina se mantém com a estimativa de colheita de 50,0MT e exportações de 36,0MT.
– A produção mundial é estimada em 1.214,2MT; os principais produtores, pela ordem, são: EUA, com 377,6MT; China, com 294,9MT; Brasil, 126,0MT; União Europeia, 58,0MT; Ucrânia, 26,8MT; México, 23,3MT; África do Sul, 16,0MT; Rússia, 14,0MT e Canadá, 15,4MT. Os dados são do USDA.
– Internamente, as poucas ofertas disponíveis e as incertezas climáticas durante a fase de evolução da safrinha atuam como fatores de sustentação de preços.
– No Paraná, segundo o DERAL, o plantio da safrinha chega a 82% dos 2,62 milhões de hectares previstos – alta de 3% sobre o ano anterior. A produção é esperada em 15,9MT, contra 12,6MT da safra anterior.
– A colheita da safra de verão, segundo o departamento, chega a 74% para uma produção estimada em 2,8MT, ante 2,5MT do ano passado.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa de R$ 77,00/78,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento opera em alta, a R$ 5,83. Fechamento anterior ficou em R$ 5,81.
(Granoeste Corretora – Camilo/Stephan – Relatório publicado às 9:50).