SOJA – Depois da reviravolta de ontem, quando os preços chegaram a apresentar alta superior a 1%, perderam força, e acabaram fechando no negativo, neste momento o mercado se apresenta em alta de 7 pontos, a U$ 10,46/julho. Ontem o fechamento registrou perdas entre 2 e 4 cents nos primeiros vencimentos.
– Os investidores voltam a se animar diante das perspectivas de acertos comerciais dos EUA com alguns dos mais importantes parceiros. Hoje, Trump deve anunciar a celebração de um acordo com o Reino Unido. No fim de semana deve ter reuniões com representantes do governo chinês. Além disto, mais acordos devem estar em andamento, mas as dificuldades se apresentam maiores do que a equipe de Trump poderia supor.
– O mercado também se prepara para receber o relatório de oferta e demanda de maio, que será apresentado pelo USDA nesta segunda-feira e trará as primeiras estimativas para a temporada 2025/26, com foco nos dados sobre a safra norte-americana.
– Para a soja, o mercado aguarda uma produção menor, em linha com a redução de área. A média dos analistas ouvidos por agências de notícias estimam para a temporada 2025/26 uma produção de 117,7MT, ante 118,8MT da última estação. Os estoques finais devem se situar em 9,6MT, contra 10,2MT do ciclo 2024/25.
– O plantio da nova safra está avançando rapidamente. Até o último fim de semana estava em 30%, contra 23% de média histórica.
– As exportações brasileiras de soja somaram 15,27MT no mês de abril, ante 14,7MT de abril/24 – informa a Secex. No acumulado desta estação, iniciada em fevereiro, o volume chega a 36,4MT, ante 33,9MT do mesmo intervalo da estação passada.
– Indicações de prêmios nos portos estão na faixa de 15/35 no spot. Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 126,00/129,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 136,00/140,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os contratos negociados com milho em Chicago operam com leves ganhos na posição julho, neste momento, manhã de quinta-feira, a U$ 4,51. Ontem, os preços foram pressionados e fecharam com perdas de 6 pontos.
– A perspectiva de anúncios de acordos comerciais dos EUA com importantes economias ajuda na formação do preço.
– Na BMF, a posição maio trabalha em R$ 73,90 (fechamento anterior R$ 74,46) e julho em R$ 64,90 (anterior, R$ 65,00).
– O mercado também se posiciona para receber o relatório de oferta e demanda de maio, que trará as primeiras avaliações para a temporada 2025/26.
– Analistas estimam a próxima safra de milho dos EUA em 401,0MT (pela primeira vez estaria superando a marca de 400MT), ante 377,6MT do ciclo anterior. O plantio da safra já está quase na metade. Os estoques finais devem alcançar 51,9MT, contra 37,2MT do ciclo 2024/25.
– Internamente, os preços seguem pressionados diante da boa evolução da safrinha. Muitas consultorias elevaram as estimativas de colheita para além de 100MT. Com a proximidade do início da colheita, os preços se apresentam mais acomodados – depois dos picos de preços vividos durante março/abril.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra para lotes prontos na faixa de R$ 68,00/70,00 – dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento, opera em queda, a R$ 5,70 (fechamento anterior em R$ 5,744).
(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 10h00).