Comentário de Mercado

SOJA – Depois dos ótimos ganhos da jornada anterior, os preços da soja operam no campo negativo nesta manhã de terça-feira, com queda de 4 pontos, a U$ 10,67/julho. Ontem, houve alta entre 20 e 25 cents nos primeiros vencimentos.
– O mercado reagiu bem ao acerto provisório entre China e EUA, que reduziu acentuadamente as tarifas de importação entre os dois países.
– Além disto, os investidores adotaram uma postura mais otimista em relação ao relatório de oferta e demanda de maio, que apresentou as primeiras estimativas para a temporada 2025/26.
– Para 2025/26, o USDA estima a produção de soja dos EUA em 118,1MT; o mercado esperava algo como 117,7MT. A produção veio ligeiramente acima; os estoques, porém, ficaram abaixo do esperado, com 8,03MT; nesta última estação estão avaliados em 9,53MT. No último ano a colheita ficou em 118,84MT.
– Para o Brasil, a próxima temporada deve registrar um novo e alargado recorde, com 175,0MT, segundo o USDA, contra 169,0MT do último ciclo. A Argentina tende a ficar nos mesmos níveis, com 48,5MT. As importações da China devem avançar para 112,0MT, contra 108,0MT deste ano.
– Nos EUA, o plantio da safra 2025/26 chega a 48%, bem à frente dos 34% do mesmo ponto do ano passado; a média histórica é de 37%. Na semana houve avanço de 18 pontos percentuais. O informe é do USDA. A área já germinada chega a 17%, ante 11% de média.
– A colheita da safra brasileira está praticamente concluída. Levantamento da Conab indica que alcança 98,5%, contra 95,6% do mesmo ponto do ano passado e média de 97,6%.
– Indicações de prêmios nos portos estão na faixa de 25/50 no spot. Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/129,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 135,00/138,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Os contratos negociados com milho em Chicago também registram perdas. Julho cai 3 pontos neste momento, manhã de terça-feira, a U$ 4,44. Ontem, depois de trabalhar com alta de mais de 1%, os preços cederam e fecharam com oscilações mistas.
– Na BMF, a posição maio trabalha em R$ 73,75 (fechamento anterior R$ 73,90) e julho em R$ 63,35 (anterior, R$ 63,50).
– O mercado segue otimista em relação ao acordo entre EUA e China, que prevê redução drástica nas tarifas de importação dos dois países, depois das tensões dos últimos dois meses.
– Por outro lado, os investidores ficaram surpresos com a grande produção norte-americana de milho, em que o USDA prevê uma colheita superior a 400,0MT na temporada 2025/26.
– O relatório de oferta e demanda de maio, apresentado ontem pelo USDA, trouxe as primeiras avaliações para a nova estação. Os EUA devem alcançar uma produção de 401,85MT de milho, com estoques finais de 45,73MT. Neste último ciclo a produção foi de 377,6MT, com estoques finais estimados em 35,95MT.
– Para o Brasil, o USDA estima em 2026/26 uma colheita de 131m0MT. Para a atual temporada, o USDA estima 130,0MT, aumento de 4,0MT sobre abril.
– Nos EUA, o plantio da nova safra segue a todo vapor e alcança 62%, ante 47% do mesmo ponto do ano passado e 56% de média histórica. Na semana houve avanço de 22 pontos percentuais. A emergência chega a 28%, contra 21% de média.
– A colheita da safra brasileira de verão chega a 77,6%, segundo a Conab, ante 72,4% da mesma data do ano passado e média de 75,2%.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra para lotes prontos na faixa de R$ 65,00/68,00 – dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote.
– As preocupações do mercado estão centradas na possibilidade de geadas a partir do dia 20 de maio nos estados do PR e MS.

– CÂMBIO – Neste momento, opera em queda, a R$ 5,65 (fechamento anterior em R$ 5,684).

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9h40).