Comentário de Mercado

SOJA – Os preços da soja operam no zero a zero na Bolsa de Chicago, neste momento, manhã de terça-feira, a U$ 10,51/julho. Ontem, apresentou ganhos mínimos.
– Os participantes seguem observando o bom andamento do plantio da safra norte-americana, o qual limita qualquer reação mais firme. Além disto, pesam as incertezas sobre o futuro do mandato de biocombustíveis nos EUA, bem como os efeitos das disputas comerciais iniciadas pelo governo Trump.
– Outro ponto de atenção é o clima excessivamente seco em grandes regiões de cultivo na China, que é o segundo país com maior produção de milho, com 295,0MT, e o quarto maior produtor de soja, com 21,0MT.
– Nos EUA, o plantio da safra de soja chega a 66%, de acordo com levantamento do USDA apresentado no fim da tarde de ontem, com avanço de quase 20 pontos percentuais na semana. No mesmo ponto do ano passado, o índice era de 50% e média histórica de 53%. A emergência está em 34%, ante 25% da mesma data de 2024.
– A China importou pouco mais de 9,0MT de soja do Brasil nestes primeiros meses do ano, aumento de 43% sobre o mesmo período do ano passado. A informação é da Reuters, com base em dados do sistema alfandegário do país. As importações também são maiores dos EUA, que acumulam um volume de quase 13,0MT desde o início do ano.
– Enquanto isto, no Brasil as preocupações seguem centradas nos focos de gripe aviária encontrados no Rio Grande do Sul, que levou muitos países a cortar as importações de aves. Diversos outros casos suspeitos foram descartados.
– Indicações de prêmios nos portos estão na faixa de 30/50 no spot. Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/128,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 135,00/138,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Os contratos negociados com milho na CBOT, operam com alta de 6 pontos na CBOT, neste momento, manhã de terça-feira, a U$ 4,54/julho. Ontem, houve ganhos de entre 4 e 6 pontos nos principais vencimentos.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 62,85 (fechamento anterior R$ 62,18) e setembro em R$ 64,00 (anterior, R$ 63,29).
– Os ganhos são atribuídos aos transtornos climáticos que afligem extensas áreas de cultivo na China, que é grande produtora e grande consumidora de milho. Redução de colheita significa maior necessidade de importações. A produção local é de quase 300,0MT; com um consumo estimado, neste ano, de 307,0MT e necessidade de importações de 24,0MT.
– Por outro lado, o bom ritmo do plantio da nova safra dos EUA, bem como a evolução adequada da safra brasileira e argentina, acabam limitando ganhos mais expressivos.
– Nos EUA, o plantio da nova safra chega a 78%, ante 67% do mesmo ponto do ano passado e média de 73%. Houve progresso de 16 pontos na semana. A emergência chegou a 50%, ante 38% de um ano atrás. O levantamento é do USDA.
– Outro ponto de atenção é a descoberta de focos de gripe aviária no Brasil. A extensão do problema dirá muito sobre a evolução dos preços do milho nas próximas semanas e meses. O consumo interno é estimado pela Conab em 89,3MT e exportações de 34,0MT – números que poderão ser alterados, caso haja alastramento da doença.
– No mercado interno, a maioria dos compradores preferem aguardar maior clareza do cenário, após a descoberta dos casos de gripe aviária no Rio Grande do Sul. Enquanto isto, operam com os estoques adquiridos anteriormente.
– No oeste do Paraná́, vagas indicações de compra na larga faixa entre R$ 58,00/66,00 – dependendo do prazo de pagamento, da localização do lote e se o lote está disponível ou se o lote se refere à colheita de safrinha. Na medida em que a colheita avançar, a tendência é de preços mais acomodados.

– CÂMBIO – Neste momento, opera em R$ 5,66. Ontem fechou em R$ 5,654.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9h35).