SOJA – Depois do feriado de ontem nos EUA (Memorial Day), os preços da soja retornam em alta nesta terça-feira, com ganhos de 6 pontos, a U$ 10,66/julho, neste momento. O último pregão teve perdas entre 5 e 7cents. Na semana, os ganhos ficaram na ordem de 1%.
– O mercado se mostra mais otimista com a evolução das negociações tarifárias. Ontem, Trump anunciou que vai adiar a aplicação da taxa nas importações da União Europeia. Porém, existem ainda muitas incertezas sobre o ritmo do comércio internacional diante das ameaças do governo dos EUA.
– Logo mais, no fim da tarde, o USDA vai divulgar o relatório sobre a implantação e desenvolvimento das lavouras. Na semana passada, o índice de plantio era de 66%. De maneira geral, o clima tem sido adequado. No entanto, chuvas excessivas têm ocorrido em áreas centrais. Nas porções leste e sul ainda chove bastante; nas porções oeste e norte as previsões apontam para tempo mais seco.
– Na Argentina, onde a colheita já está na faixa de 75%, o excesso de chuvas vem atrasando os trabalhos de campo e prejudicando a qualidade dos grãos em alguns pontos.
– No Brasil e colheita está praticamente finalizada. Levantamento da Conab indica que 99,5% das áreas já foram ceifadas, ante 98,1% do mesmo ponto do ano passado.
– Restando esta semana para fechar o mês, o Brasil já exportou, em maio, 11,2MT de soja. Abril cheio alcançou 15,3 MT.
– Indicações de prêmios nos portos estão na faixa de 35/50 no spot. Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/129,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 135,00/139,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os contratos negociados com milho em Chicago operam com leves perdas, neste momento, manhã de terça-feira, a U$ 4,58/julho. O último pregão registrou queda de 3 pontos; na semana, porém, houve alta de 3,5%.
– Na BMF, o milho volta a apresentar ganhos. A posição julho trabalha em R$ 64,55 (fechamento anterior R$ 63,64) e setembro em R$ 65,95 (anterior, R$ 64,96).
– O mercado internacional se mantém atento ao plantio nos EUA. Logo mais, no fim da tarde o USDA vai atualizar a extensão já semeada. Na semana passada, o índice era de 78%. Clima será decisivo pela frente.
– No Brasil, uma onda de frio deve atingir as áreas mais ao sul da região produtora de milho nesta virada de mês. Cabe ir monitorando para ver a extensão de geadas e os possíveis estragos nas lavouras.
– As primeiras áreas de milho safrinha no Paraná e Mato Grosso estão sendo colhidas. Os trabalhos mal chegam a 0,3%, ante 1,1% do mesmo ponto do ano passado e média de 0,6%. As projeções de colheita foram elevadas na medida em que as lavouras se desenvolviam; mas as estimativas estão muito variadas, entre 100,0MT/110,0MT.
– O mercado interno, segue calmo. A maioria das indústrias adotaram uma postura de retração e observação, aguardando a entrada da nova safra. Algumas indústrias, porém, ainda precisam de produto para fazer a ponte até a entrada de produto novo.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra para lotes prontos na faixa entre R$ 62,00/65,00 – dependendo do prazo de pagamento e do local de embarque.
– CÂMBIO – Neste momento, opera em R$ 5,65 – com leve alta. Ontem fechou em R$ 5,675.
(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9h40).