SOJA – Os preços da soja registram leves perdas nos futuros de Chicago neste momento, manhã de quinta-feira, a U$ 10,47/julho. Ontem, o mercado fechou com queda acentuada, entre 12 e 14 pontos, com pressão vinda do bom ritmo do plantio norte-americano e baixa demanda pelo produto dos EUA.
– As questões tarifárias, o avanço dos trabalhos de campo nas regiões de cultivo dos EUA, bem como a combinação entre oferta adequada e demanda comedida, acabam criando um ambiente de calmaria nos mercados.
– O plantio norte-americano está em 76%, um ritmo bastante acelerado, com 10 pontos à frente da mesma data do ano passado.
– Instâncias inferiores da justiça norte-americana derrubaram boa parte das tarifas impostas por Trump nas importações de outros países. Esta decisão pode ser revertida por instâncias superiores; mas, enquanto isso, causa forte valorização do dólar.
– No Brasil, a colheita está praticamente finalizada, com produção estimada pela Conab em 168,3MT, aumento de 14% sobre as 147,7MT do ciclo anterior.
– Indicações de prêmios nos portos estão na faixa de 45/60 no spot. Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/129,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 135,00/139,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os contratos negociados com milho seguem a marcha negativa. Neste momento opera com queda de 4 pontos, a U$ 4,47/julho. Ontem fechou com perdas entre 3 e 8 pontos nos primeiros vencimentos.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 62,95 (fechamento anterior R$ 63,60) e setembro em R$ 64,05 (anterior, R$ 64,56).
– O mercado segue monitorando o bom ritmo do plantio nos campos do Meio Oeste. Pesa também a valorização do dólar, atribuída às decisões da justiça, que derrubou grande parte do tarifaço. Dólar mais firme representa menor competitividade dos produtos nominados nesta moeda.
– Nos EUA, o plantio da nova safra está em 87%, contra 81% do mesmo ponto do ano passado. As áreas tidas como boas/excelentes somam 68%; o mercado esperava algo como 73%.
– Internamente, especialmente na porção mais ao sul, o mercado demonstra preocupações com a onda de frio deste fim de semana, bem como com o período chuvoso das duas primeiras semanas de junho – que pode atrasar o avanço da colheita.
– O mercado interno, segue calmo. A maioria das indústrias adotaram uma postura de retração e observação, aguardando a entrada da nova safra. Algumas fábricas, porém, ainda precisam de produto para fazer a ponte até a chegada de produto novo.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra para lotes prontos na faixa entre R$ 62,00/65,00 – dependendo do prazo de pagamento e do local de embarque.
– CÂMBIO – Neste momento, opera em R$ 5,67. Ontem fechou em R$ 5,695.
(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9:20).