Comentário de mercado

SOJA – A semana começa com preços sob pressão nos futuros de Chicago. Neste momento, as primeiras posições cedem entre 2 e 4 pontos; julho é cotada em U$ 10,39. No último pregão houve perdas entre 10 e 12 cents; na semana, as perdas chegaram a quase 2%; ao longo do mês de maio, entre ganhos e perdas, os preços perderam 0,5%.
– O mau humor do mercado se deve às incertezas sobre as negociações das tarifas dos EUA com outros países, notadamente com a China, que inclui um novo aumento das taxas sobre a importação de aço e alumínio. As indefinições sobre o programa de biocombustíveis e o bom andamento do clima nos campos do Meio Oeste também pesam na formação do preço.
– Logo mais, no fim da tarde, o USDA vai atualizar o andamento dos trabalhos de campo. Há uma semana o plantio da safra de soja estava em 76%, bem à frente do índice do ano anterior.
– No Brasil, a colheita é considerada finalizada, com produção prevista pela Conab em 168,3MT, aumento de 14% sobre as 147,7MT do ciclo anterior.
– Indicações de prêmios nos portos estão na faixa de 60/90 no spot. Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/128,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 134,00/138,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Os contratos negociados com milho operam com ganhos entre 1 e 3 pontos nos futuros de Chicago, neste momento, manhã de segunda-feira, a U$ 4,47/julho. Na sexta-feira, fechou com perdas entre 2 e 4 cents. Na semana anterior, a queda foi de 3% e, durante maio, as perdas foram superiores a 6% sobre julho.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 62,70 (fechamento anterior R$ 62,98) e setembro em R$ 63,95 (anterior, R$ 64,39).
– No âmbito internacional, o milho teve uma semana fraca, com demanda menor e queda nas bolsas de futuros. O retorno das tensões entre EUA e China também deixa o mercado mais largado, com investidores, consumidores e vendedores tomando mais cautela antes de decisões sobre compra ou venda.
– O bom clima nos EUA é fator limitante para a evolução dos preços; na semana passada o plantio estava em 87%, bem mais adiantado quando comparado com o ano anterior e com a média histórica. No fim da tarde de hoje haverá mais uma atualização destes índices.
– Levantamento da Pátria AgroNegócios, indica que a colheita de milho safrinha no Brasil chega a 1,05%, ante 2,7% do mesmo ponto de 2024 e 0,65% de 2023. A média para o período é de 0,75%. Chuvas tendem a atrapalhar os trabalhos de campo, sobretudo na porção sul do cinturão do milho safrinha.
– No MT, levantamento do Imea indica que a colheita atinge 0,97%, contra 4,7% de 2024 e média de 2,6% dos últimos 5 anos. A comercialização é estimada em 45%, ante 32,7% do ano passado e média de 57%.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra para lotes prontos na faixa entre R$ 60,00/65,00 – dependendo do prazo de pagamento e do local de embarque.

– CÂMBIO – Neste momento, opera em queda, a R$ 5,68. Na última sessão fechou em R$ 5,720.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9:45).