Comentário de Mercado

SOJA – Os preços da soja, na Bolsa de Chicago, operam com ganhos de 4 pontos neste momento, manhã de terça-feira, a U$ 10,60/julho. Ontem, houve perdas entre 1 e 5 pontos nos primeiros vencimentos.
– O mercado segue otimista em relação às negociações entre China e EUA para destravar o comércio entre os dois países.
– Além disto, os investidores buscam posicionar as carteiras para receber o relatório de oferta e demanda de junho, que será apresentado pelo USDA nesta quinta-feira. Com o plantio quase finalizado e com boa evolução das lavouras, o mercado espera poucas alterações no quadro de oferta e demanda dos EUA. As avaliações, no entanto, apostam num pequeno corte na produção e, ao mesmo tempo, certo aumento dos estoques finais. A safra brasileira deve ser projetada com aumento.
– No fim da tarde de ontem, o USDA informou que o plantio da safra de soja chega a 90%, ante 86% do mesmo ponto do ano passado e 88% de média histórica.
– As áreas tidas como boas/excelentes somam 68%; regulares, 27% e ruins/péssimas, 5%. Houve melhora de um ponto percentual no comparativo com a semana anterior. No mesmo ponto do ano passado, os índices eram, respectivamente, 72%, 24% e 4%.
– Levantamento do IMEA indica que a comercialização de soja no Mato Grosso chega a 76%, ante 77,9% da mesma data do ano passado. Para a temporada 2025/26, a comercialização antecipada alcança 14,2%, contra 16,5% do mesmo ponto do ciclo anterior.
– No mercado doméstico, os negócios seguem bastante travados. Indicações de prêmios nos portos estão na faixa de 65/85 no spot. Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/129,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 135,00/138,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Os contratos negociados com milho em Chicago operam com perdas de 1 a 2 pontos, neste momento, manhã de terça-feira, a U$ 4,31/julho. Ontem, os preços afundaram no campo negativos, entre 9 e 11 pontos, diante da perspectiva de clima favorável às lavouras nos campos do Meio Oeste e com o avanço das negociações entre China e EUA.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 63,70 (fechamento anterior R$ 64,20) e setembro em R$ 64,60 (anterior, R$ 65,03).
– O mercado é pressionado pelo bom andamento das lavouras nos EUA, além da perspectiva de safrinha cheia aqui no Brasil. A média das projeções de analistas ouvidos por agência de notícias apontam que a produção norte-americana deve se situar em 401,2MT, um número ligeiramente abaixo daquele de maio.
– O plantio da safra de milho nos EUA está praticamente finalizado; segundo o USDA, chega a 97%, ante 94% de um ano atrás e 97% de média histórica.
– Em relação à qualidade, 71% das áreas são consideradas boas/excelentes; 24%, regulares e 5% ruins/muito ruins. Houve melhora de dois pontos percentuais ao longo da semana. No mesmo ponto do ano passado, os índices eram, respectivamente, 74%, 21% e 5%.
– O mercado também se posiciona para receber o relatório de oferta e demanda de junho. Analistas avaliam que haverá alguma redução na produção, mas o número deve ainda ficar acima de 400,0MT. Os estoques também devem cair, respondendo à forte demanda. Para o Brasil, o mercado aposta em elevação das estimativas de colheita, para algo como 131,5MT.
– Segundo o Imea, a comercialização de milho da temporada 2024/25 no MT atinge 51,1%, ante 43,1% de maio e 36,2% da temporada anterior. Para a safra seguinte, 2025/26, 5,8% já foi negociado, contra 2,9% do mesmo período no ano passado.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 58,00 e R$ 62,00. Em razão da baixa disponibilidade e atraso na colheita, o produto disponível ainda conta com preços melhores. Além do período de embarque, a formação do preço depende do prazo de pagamento e do local de embarque.

– CÂMBIO – Neste momento, opera em leve queda, a R$ 5,55. Na sessão anterior fechou em R$ 5,561.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9:30).