SOJA – As cotações da soja em Chicago operam com leves ganhos neste momento, manhã de terça-feira, a U$ 10,72/julho. Ontem houve ganhos de até seis pontos nas posições mais avançadas. O mercado se mostra mais consolidado num patamar que mira os U$ 11,00 por bushel.
– Ontem os preços do óleo dispararam e registram alta de quase 9%. Dois fatores contribuem para este movimento. O acirramento da guerra entre Irã e Israel que acaba dando suporte ao petróleo e aumento do uso de biocombustíveis nos novos programas de energia alternativa nos EUA.
– Nos campos do Meio Oeste o plantio está praticamente concluído. Boletim do USDA, apresentado no fim da tarde de ontem mostra que 93% das áreas estão semeadas, ante 92% de um ano atrás e média de 94%.
– O comportamento climático segue adequado. Houve, porém, redução de dois pontos na qualidade das lavouras em relação à última semana. Segundo o USDA, as áreas tidas como boas/excelentes somam 66%; as áreas tidas como regulares se mantém em 27% e as ruins/péssimas, subiram dois pontos, para 7%. No mesmo ponto do ano passado, os índices eram, respectivamente, 70%, 25% e 5%.
– Ainda nos EUA, segundo a NOPA, o esmagamento da indústria, durante maio, ficou em 5,25MT, ante 5,0MT de maio de 2024. Apesar do aumento do volume processado, os estoques de óleo caíram e estão estimados em 0,62MT – bem abaixo do esperado e abaixo dos meses anteriores. Em maio do ano passado eram de 0,78MT.
– No mercado doméstico, os negócios seguem bastante travados. Indicações de prêmios nos portos estão na faixa de 75/90 no spot. Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 126,00/130,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 137,00/142,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Depois das fortes perdas apuradas na sessão de ontem, entre 8 e 9 pontos, os preços do milho buscam alguma recuperação nos futuros de Chicago. Neste momento, as primeiras posições registram alta de até 3 cents, com julho em U$ 4,35.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 62,25 (fechamento anterior R$ 62,47) e setembro em R$ 63,15 (anterior, R$ 63,37).
– Apesar do bom comportamento do clima nos campos do Meio Oeste, o mercado é sustentado pelo aumento da demanda para a produção de etanol em resposta ao novo mandado sobre bicombustíveis. Outro ponto é a grande demanda externa. Na última semana, os EUA exportaram cerca de 1,7MT do cereal.
– O plantio norte-americano é dado por encerrado. Quanto à qualidade, 72% das lavouras são consideradas boas/excelentes, aumento de um ponto sobre a semana anterior. As áreas tidas como regulares somam 23% e as runs/péssimas, 5%. No mesmo ponto do ano passado, os índices eram exatamente iguais aos desta semana.
– No Brasil, o ritmo da colheita segue lento. Além do plantio atrasado, o desenvolvimento foi alongado pelo avanço das chuvas. Agora, com as lavouras maduras, o excesso de umidade vem atrasando os trabalhos de campo em muitas regiões.
– De acordo com a Conab, a colheita em nível de Brasil chega a 3,9%, ante 13% do mesmo ponto do ano passado e média histórica de 8,4%. A colheita do milho verão está na reta final, com 92,5%.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 57,00 e R$ 61,00. À medida que os dias passam mais ofertas devem ser disponibilizadas para venda. O preço de safra velha com safra nova está praticamente alinhado.
– CÂMBIO – Neste momento, opera em leve alta, a R$ 5,50. Ontem, fechou em R$ 5,487.
(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9:35).