Comentário de Mercado

SOJA – Os preços da soja voltam a operar no campo negativo nesta terça-feira. Neste momento, as primeiras posições registram queda entre 3 e 6 pontos, a U$ 10,55/julho. Ontem, depois de operar no campo positivo, os preços foram pressionados e fecharam com perdas entre 9 e 13 pontos.
– O mercado segue monitorando o bom andamento da safra norte-americana, bem como os desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. A proposta de paz de Trump para Israel e Irã, se levada a efeito, trará calma aos mercados e normalização na produção e fluxo do petróleo ao redor do mundo. Isto tem implicações na formação do preço dos biocombustíveis.
– Os preços do petróleo caíram mais de 7% nesta segunda-feira; hoje registram nova queda, neste momento superior a 4%.
– No fim da tarde de ontem o USDA informou que o plantio da safra de soja está praticamente concluído, com 96%, ante 97% de média histórica. Oito por cento das áreas entraram em floração, contra 7% do mesmo ponto do ano passado e também de média.
– Quanto à qualidade das lavouras, os índices permanecem os mesmos da semana passada, com 66% tidas como boas/excelentes; 27%, regulares e 7%, ruins/péssimas. No mesmo ponto do ano passado, os índices eram, respectivamente, 67%, 25% e 8%.
– No mercado doméstico, os negócios seguem lentos. Indicações de prêmios nos portos estão na faixa de 90/110 no spot. Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 128,00/132,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 138,00/142,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Neste momento, manhã de terça-feira, a CBOT opera em queda de 1 pontos, a U$ 4,18/julho. Na última sessão, fechou em queda entre 7 e 9 pontos diante do esfriamento do conflito entre Israel e Irã e com a consequente queda dos preços do petróleo.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 64,10 (fechamento anterior R$ 63,76) e setembro em R$ 63,90 (anterior, R$ 63,76).
– O arrefecimento dos conflitos no Oriente médio está pesando negativamente nos mercados, depois de os investidores terem se posicionado para preços em alta. Com a abrupta queda do petróleo, as demais commodities são puxadas para baixo; pesa também a perspectiva de boa safra nos EUA e também da safrinha no Brasil.
– De acordo com levantamento do USDA, 70% das lavouras de milho são avaliadas como boas/excelentes, queda de 2 pontos percentuais em relação à semana anterior; 24%, regulares e 6%, ruins/ péssimas. Na mesma semana de 2024, os índices eram, pela mesma ordem, 69%, 24% e 7%.
– Em relação ao estágio, 4% estão na fase de pendoamento, ante os mesmo 4% de um ano atrás e média de 3%.

– A onda de frio que vem atingindo os estados do Sul pode causar danos às lavouras mais tardias, mas uma melhor avaliação será feita no decorrer para se ter uma ideia real de eventuais perdas quantitativas e qualitativas.
– Segundo a Conab, a colheita de milho safrinha chega a 10,3% em nível de Brasil, contra 28% do ano passado e 17,5% de média.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 58,00/60,00 – com mercado bastante lento – e em Paranaguá, indicações na faixa de R$ 64,00/66,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

– CÂMBIO – Neste momento, opera estável, a R$ 5,50. Na última sessão, fechou em R$ 5,504.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 10:30).