SOJA – Mais perdas em Chicago. Nesta manhã de terça-feira, os preços da soja operam entre 9 e 11 pontos negativos, a U$ 10,18/agosto. O mercado vem de uma longa sequência negativa, iniciada a mais de uma semana. Os investidores vão digerindo os diversos relatórios apresentados pelo USDA no dia de ontem.
– Mais estoques nos EUA, bom desenvolvimento das lavouras nos campos do Meio Oeste, grande oferta brasileira e demanda comedida são pontos que explicam este momento de pressão.
– Os dados de estoques ao final do terceiro trimestre nos EUA, indicaram mais volume do que o esperado. Segundo o USDA, em primeiro de junho havia 27,43MT de soja ainda disponível para consumo/exportação. O mercado esperava 26,4MT, volume igual do de primeiro de junho de 2024.
– O relatório de final de plantio indicou a área semeada com soja em 33,74MH, ante 33,79MH previsto em fins de março. Houve queda de 4% sobre os 35,23MH semeados no ano passado.
– No fim da tarde de ontem, o USDA apresentou também uma nova atualização sobre o andamento da safra. As áreas tidas como boas/excelentes somam 66%, mesmo índice da semana anterior; 27%, regulares e 7%, ruins/péssimas. No mesmo ponto do ano passado, os índices eram, respectivamente, 67%, 25% e 8%.
– Quanto ao estágio, 17% entraram em floração, anate 18% de um ano atrás e 16% de média histórica. Três por cento chegaram à formação de vagens, ante 2% de média.
– Os mercados globais vivem um momento de retorno a certa normalidade, com recordes em alguns dos principais índices. Os preços do petróleo se estabilizaram, depois de perder mais de 15%. O governo dos EUA se mostra otimista com as perspectivas de novos e duradouros acordos comerciais com algumas das principais economias e blocos econômicos, bem como com o esfriamento dos conflitos no Oriente Médio.
– No mercado doméstico, os negócios se mantêm acomodados. Na medida em que a CBOT perdeu força, os prêmios nos portos ganharam espaço – com indicações na faixa de 115/125 no spot.
– Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/128,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 134,00/137,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os preços do milho seguem ladeira abaixo nos futuros de Chicago. Neste momento, a posição setembro trabalha em U$ 4,02, queda de 6 pontos. Ontem houve perdas entre 1 e 3 cents. Esta onda de negativa já acumula queda em torno de 6%. O mercado segue digerindo os diversos relatórios divulgados pelo USDA nesta segunda-feira.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 63,15 (fechamento anterior R$ 63,50) e setembro em R$ 61,60 (anterior, R$ 61,97).
– Segue a boa evolução da safra norte-americana e a grande safra brasileira vem chegando ao mercado. Algumas consultorias estimam a colheita da safrinha em mais de 120,0MT, com safra total na faixa de 150,0MT.
– Enquanto isto, nos EUA, o relatório de estoques de milho existentes em primeiro de junho (final do 3° trimestre), segundo o USDA, estão em 117,96MT, em linha com a expectativa do mercado. No mesmo ponto do ano passado eram 126,93MT.
– Em relação à extensão semeada na temporada 2025/26, o USDA indicou a área de milho em 38,53MH, aumento de quase 5% sobre os 36,81MH semeados no ano passado. A área ficou em linha com os 38,57MH estimados em fins de março.
– As boas condições das lavouras norte-americanas foi apresentada no relatório de acompanhando de safra. Segundo o USDA, 73% das áreas de milho são avaliadas como boas/excelentes; 22%, regulares e 5%, ruins/péssimas. Houve aumento de 3 pontos na categoria bom/excelente no comparativo com a semana anterior. Na mesma semana do ano passado, os índices eram, respectivamente, 67%, 24% e 9%.
– Em relação ao estágio, 8% entraram na fase de pendoamento, ante 10% do mesmo ponto de 2024 e 6% de média.
– Mercado doméstico segue lento, com aumento dos volumes ofertados e demanda lenta – o que se revela em acentuada queda dos preços. A lentidão também é verificada nas exportações.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 53,00/56,00 e em Paranaguá, indicações na faixa de R$ 61,00/63,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.
– CÂMBIO – Neste momento, opera estável, a R$ 5,44. Na última sessão, fechou em R$ 5,434.
(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9:30).