Comentário de Mercado

SOJA – Segue a pressão sobre os preços em Chicago. Neste início de semana, as perdas somam quase 4%, num movimento muito negativo. Nesta manhã de quarta-feira, a posição agosto chega ao intervalo no vermelho em 4 cents, a U$ 10,17. Ontem houve queda entre 3 e 10 cents nos primeiros vencimentos.
– O cenário segue o mesmo: bom desenvolvimento das lavouras norte-americanas e incertezas comerciais diante das ameaças de Trump em aumentar as tarifas de importação para produtos oriundos de países que se alinharem com as orientações dos BRICS. Muitos países, além dos BRICS, que ainda não celebraram acordos, também podem entrar na lista com a adição de novas tarifas.
– As lavouras norte-americanas seguem evoluindo dentro da normalidade. Segundo o USDA, 66% são avaliadas como boas/excelentes, mesmo índice da semana anterior; no mesmo ponto do ano passado eram 68%. Em relação ao estágio, 32% entraram em floração e 8% estão na fase de formação de vagens.
– Os investidores também buscam ajustar as carteiras para receber o relatório de oferta e demanda de julho, que será apresentado pelo USDA nesta sexta-feira. O mercado espera pequenos ajustes nos volumes de produção (com pequeno corte) e um leve aumento dos estoques finais (em razão da guerra comercial).
– Prêmios nos portos se apresentam em alta; são indicados na faixa de 125/135 no mercado spot; agosto, entre 145/160.
– Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 125,00/128,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 136,00/139,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Os preços do milho chegam ao intervalo desta manhã de quarta-feira com leves perdas, entre 1 e 2 pontos, a U$ 3,97/setembro. Ontem mercado fechou em baixa de 5 a 6 pontos. A posição setembro volta a ser cotada abaixo dos U$ 4,00. As perdas deste início de semana somam mais de 5%.
– Na BMF, a posição julho trabalha em R$ 62,40 (fechamento anterior R$ 62,15) e setembro em R$ 62,55 (anterior, R$ 62,40).
– O mercado internacional segue no viés negativo, pelo terceiro dia consecutivo em queda, ainda pautado nas incertezas tarifárias de Trump; além disto, continua o bom andamento das lavouras nos EUA e no Brasil.
– Levantamento do USDA indica que 74% das áreas são avaliadas como boas/excelentes, um ponto a mais do que na semana anterior. No mesmo ponto do ano passado era de 68%. Em relação ao estágio, 18% entraram na fase de pendoamento e 3% chegaram à fase de formação dos grãos.
– Para o relatório de oferta e demanda de julho, que será apresentado pelo USDA nesta sexta-feira, o mercado aguarda algum corte na produção, algo como 2,0MT, para 400,0MT. Os estoques também devem ter algum corte, mas em menor proporção do que a colheita.

– Segundo o Deral, a colheita de milho safrinha no Paraná atinge 29%, contra 16% da semana anterior. A área semeada teve aumento de 9% sobre 2024. A produção é estimada em 16,5MT, ante 13,0MT da temporada anterior.
– De acordo com o IMEA, a produção de milho no MT deve ser recorde nesta temporada, avaliada em 54,0MT, aumento de 14,5% em comparação com a temporada anterior, em que se colheu 47,1MT.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 54,00/57,00 e em Paranaguá, indicações na faixa de R$ 62,00/65,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

– CÂMBIO – Neste momento, opera em alta, a R$ 5,46. Na última sessão, fechou em R$ 5,444.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 10:10).