Comentário de Mercado

SOJA – Soja reverte sequência de queda e volta a operar no campo positivo. A posição agosto chega ao intervalo desta quarta-feira, com ganhos de 9 pontos, a U$ 10,04. Ontem, houve perdas entre 5 e 6 cents, deixando os primeiros vencimentos abaixo da importante linha de U$ 10,00, no menor patamar desde o início de abril.
– Depois de vendas maciças, o mercado encontra investidores dispostos a recompor suas carteiras. A demanda interna norte-americana, representada pelo esmagamento das indústrias, está em alta e acaba emprestando suporte aos preços. Por outro lado, os ganhos são limitados pelas boas perspectivas da safra norte-americana e pelas incertezas comerciais provocadas pelo governo Trump.
– Nos EUA, 70% das lavouras são avaliadas como boas/excelentes, quatro pontos acima da semana anterior, ante 68% do mesmo ponto do ano passado. Quanto ao estágio, 47% entraram em floração e 15%, em formação de vagens.
– No Meio Oeste, as atenções estão voltadas para a forte onda de calor que está chegando à região. Por outro lado, as chuvas tendem a ficar dentro da normalidade.
– As exportações brasileiras de soja devem superar 12,0MT neste mês, conforme levantamento da ANEC. Em julho do ano passado foram 9,6MT. Os embarques acumulados na estação, até o final deste mês de julho, devem alcançar cerca de 76,0MT, ante 71,0MT do mesmo intervalo do ciclo passado.
– Prêmios e dólar fortalecidos vem ajudando na formação do preço doméstico, notadamente depois da sequência de perdas verificadas na CBOT. Prêmios são indicados na faixa de 135/150 no mercado spot; agosto, entre 140/155.
– Primeiras sugestões de compra no oeste do Paraná entre R$ 128,00/130,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 140,00/142,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Os preços do milho, chegam ao intervalo nesta manhã de quarta-feira, com ganhos de 4 pontos, a U$ 4,05/setembro. Ontem, mercado fechou com alta entre 1 e 2 cents.
– Na BMF, a posição setembro trabalha em R$ 64,05 (fechamento anterior R$ 63,40) e novembro em R$ 67,65 (anterior, R$ 66,97).
– O mercado dá continuidade ao movimento positivo, voltando a trabalhar acima da importante marca de U$ 4,00 sobre setembro. Porém, os ganhos são limitados pelas boas condições das lavouras norte-americanas, que se somam à chegada ao mercado de uma grande safra no Brasil.
– Enquanto isto, nos campos do Meio Oeste, segundo o USDA, 74% das áreas de milho são avaliadas como boas/excelentes, ante 68% da mesma data do ano passado. Em termos de evolução, 34% estão na fase de pendoamento e 7%, em formação de grãos.
– Levantamento da ANEC indica que as exportações de milho devem alcançar algo próximo de 5,0MT neste mês de junho – apontando para a aceleração dos embarques para o exterior.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 55,00/57,00 e em Paranaguá, indicações na faixa de R$ 64,00/67,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

– CÂMBIO – Neste momento, opera em alta, a R$ 5,58. Na última sessão, fechou em R$ 5,558.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 10:10).