Comentário de Mercado

SOJA – Mercado devolve parte dos ganhos obtidos ontem. Os preços da soja em Chicago operam com perdas de 11 pontos neste momento, manhã de terça-feira, a U$ 9,80/setembro. Na última sessão, os preços registraram forte alta, entre 23 e 24 cents, apoiados na fala de Trump, sobre acertos com a China, que poderia resultar em substancial aumento das exportações de soja dos EUA.
– Com expectativas mais contidas, os investidores ajustam as carteiras para receber o relatório de oferta e demanda de agosto, que será apresentado pelo USDA logo mais à tarde.
– Diante das boas condições das lavouras, o mercado aguarda algum aumento na produção norte-americana. Também para os estoques finais a expectativa é de números em alta.
– O relatório sobre a qualidade das lavouras do USDA mostrou que 68% das áreas de soja se encontram em boas/excelentes condições, queda de um ponto sobre a semana anterior; 25%, regulares e 7%, ruins/ péssimas. No mesmo ponto do ano passado, os índices eram, respectivamente, 68%, 24% e 8%.
– Quanto ao estágio, 91% chegaram à fase de floração, ante 90% de um ano atrás e 92% de média histórica; 71% estão em formação de vagens, ante 70% da mesma data de 2024 e 72% de média.
– Depois da queda de ontem, com compradores ausentes do mercado, os prêmios voltam a ganhar alguma força. Primeiras indicações no spot na faixa entre 190/200; para setembro, entre 195/210.
– Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 131,00/134,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 140,00/144,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – Preços do milho, na CBOT, operam em queda de 3 pontos neste momento de terça-feira, a U$ 3,81/setembro, devolvendo os ganhos registrados na sessão de ontem. Isto ocorre mesmo diante da decisão dos EUA sobre a China de adiar por mais 90 dias a aplicação das novas tarifas sobre importações.
– Na BMF, a posição setembro trabalha em R$ 65,30 (fechamento anterior R$ 65,30) e novembro em R$ 67,70 (anterior, R$ 67,62).
– O relatório de oferta e demanda, que será apresentado logo mais pelo USDA, deverá trazer aumento na produção dos EUA para um novo e expressivo recorde, com algo na faixa de 406,0MT, cerca de 1% acima da projeção de julho e cerca de 8% a mais do que na colheita da safra anterior. Os analistas também apontam aumento dos estoques finais.
– As lavouras norte-americanas seguem evoluindo muito bem nos campos do Meio Oeste. Relatório divulgado ontem pelo USDA indica que 72% das áreas de milho são avaliadas como boas/excelentes, queda de um ponto no comparativo com a semana anterior; 21%, regulares e 7%, ruins/péssimas. No mesmo ponto de 2024, os índices eram, respectivamente, 67%, 23% e 10%.
– Quanto ao estágio, 94% entrou na fase de pendoamento; 58% em formação das espigas e grãos e 14% na finalização dos grãos – índices similares aos do ano passado e de média histórica.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 56,00/59,00 e em Paranaguá, indicações na faixa de R$ 64,00/66,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

– CÂMBIO – Neste momento, opera estável, a R$ 5,44. Na sessão anterior, fechou em R$ 5,443.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9:25).