Comentário de Mercado

SOJA – CBOT volta a operar no campo negativo. A posição novembro, neste momento desta quinta-feira, trabalha a U$ 10,40, queda de 3 pontos. Ontem houve perdas de 6 cents.
– O mercado segue focado no aumento da disponibilidade norte-americana, com o início da colheita; na falta de demanda chinesa e na indefinição dos novos programas de biocombustíveis.
– Nos EUA, o FED reduziu as taxas de juros em 0,25pp, para o intervalo entre 4,0%/4,25%. No Brasil, o COPOM manteve a taxa básica em 15%. Tudo dentro das expectativas do mercado. Juros expressivamente mais altos devem atrair capitais externos para o Brasil e manter a taxa de câmbio em baixa.
– O mercado aguarda por novidades nas negociações entre China e EUA. Tem uma ligação telefônica entre os dois presidentes marcada para esta sexta-feira.
– O clima nos campos do Meio Oeste, que se apresentou bastante seco na primeira quinzena de setembro, começa a mostrar sinais de chuvas mais intensas no decorrer – o que favorece as lavouras mais tardias, mas deve prejudicar o andamento dos trabalhos de colheita.
– Prêmios nos portos brasileiros são indicados na faixa de 170/185 no mercado spot; para novembro, na faixa entre 165/180.
– Além das perdas apuradas na CBOT, a queda do dólar limita s formação do preço doméstico. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 131,00/133,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 141,00/143,00 – dependendo do prazo de pagamento (mais curtos ou mais alongados) e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO – A bolsa de Chicago opera em leve queda neste momento, manhã de quinta-feira, a U$ 4,26/dezembro. Ontem, o mercado fechou com queda de 2 pontos.
– Na BMF, a posição novembro trabalha em R$ 67,10 (fechamento anterior R$ 67,25) e janeiro em R$ 70,10 (anterior, R$ 70,25).
– O mercado internacional segue atento ao início da colheita nos EUA, com a promessa de uma safra recorde. Chuvas programadas para os próximos dias podem limitar o rápido avanço dos trabalhos de campo.
– Internamente, mercado segue bastante travado, com vendedores ofertando lotes com preços acima do que compradores estão disposto a pagar. Consequentemente, o ritmo de negócios segue bastante emperrado.
– Outro fator que deixa o cenário conturbado é a questão cambial, que, diante das recentes perdas, acaba tirando parte do preço de exportação. Se não houver uma correção dos prêmios, a tendência é que os preços fiquem menos estimuladores para que o Brasil atinja os volumes necessários nas exportações.
– No oeste do Paraná́, indicações de compra na faixa entre R$ 57,00/59,00 e, em Paranaguá, na faixa de R$ 63,00/65,00 – dependendo de prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

– CÂMBIO – Neste momento, opera em queda, a R$ 5,28. Na sessão anterior fechou em R$ 5,301.

(Granoeste: Camilo / Stephan – relatório publicado às 9:30).